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Artes

Aos 50 anos, morre o fotógrafo cultural Aurélio Vinicius

Ele estava hospitalizado com covid e, de acordo com familiares, contraiu uma infecção hospitalar

Bárbara Cavalcanti | 10/11/2021 16:57
Aurélio Vinicius fotografando. Ele faleceu nesta quarta-feira (10). (Foto: Reprodução Redes Sociais)
Aurélio Vinicius fotografando. Ele faleceu nesta quarta-feira (10). (Foto: Reprodução Redes Sociais)

Faleceu nesta quarta-feira (10) o fotógrafo Aurélio Vinicius, conhecido no ramo por cobrir vários eventos culturais no estado. De acordo com informações de familiares, ele estava internado com covid e não resistiu a uma infecção hospitalar.

“Ele estava usando respirador e reagindo bem ao tratamento com antibióticos. Hoje na hora do almoço ele seria entubado porque infelizmente havia contraído uma infecção hospitalar. E em seguida veio a notícia do falecimento”, detalhou Juciane Afonso, prima de Aurélio.

Ele fotografou vários eventos da cena cultural da Capital e do Estado. Entre elas, as fotos do músico Zé Pretim estarão expostas durante o 8º Bonito Blues e Jazz Festival, entre os dias 12 e 14 de novembro.

“O Aurélio era um profissional competentíssimo, uma pessoa bastante educada, bastante dedicada, com uma sensibilidade muito grande e em todas as ocasiões que estivemos com ele, foi bastante abnegado. É uma perda muito grande para as artes visuais”, expressou o organizador do evento Afonso Rodrigues Junior.

No perfil do Facebook de Aurélio, amigos e familiares expressam seus sentimentos sobre a perda. Aos Lado B, o músico Luis Henrique Ávila disse que foi a lente de Aurélio que fez os melhores registros que ele tem nos palcos.

“Aurélio era um grande amigo. Foi por 2015 ou 2016 que começamos a ter mais convivência. Ele tirou fotos incríveis minhas, sem nunca me cobrar um centavo. Quando comecei a participar da produção de eventos, falava para ele ser contratado, não apenas pela amizade, como pela competência. Ele era um cara que amava a arte, uma pessoa extremamente gentil. É uma perda que eu ainda nem consegui assimilar que aconteceu”, expressou.

Foto de Afonso no palco, registro de Aurélio. (Foto: Aurélio Vinicius)
Foto de Afonso no palco, registro de Aurélio. (Foto: Aurélio Vinicius)
Luis Henrique no palco com Zé Pretim. (Foto: Aurélio Vinicius)
Luis Henrique no palco com Zé Pretim. (Foto: Aurélio Vinicius)

Além da cobertura fotográfica, Aurélio participava de um grupo de leitura intitulado Vórtice Literário. Os amigos e participantes deste grupo se dizem arrasados e chocados com a perda.

“O Aurélio era um cara muito querido, com um olhar sensível e muito bom humor. Saber que ele se foi assim é surreal. Vai fazer falta em nosso grupo”, comentou a jornalista Evelise Couto.

“A gente está muito chocado com o impacto da notícia súbita. Isso deixa a gente muito tocado, porque ele era uma pessoa muito presente, sempre estava ali, animado. Ia nas reuniões, mas saia para uma conversa no bar e sempre estava feliz e animado, era um dos que puxava essas manifestações do grupo. A gente não consegue pensar em outra coisa a não ser a falta que ele vai fazer”, ressaltou o servidor público Daniel Rockenbach.

Ensaio feito no mês passado com Bros MCS. (Foto: Aurélio Vinicius)
Ensaio feito no mês passado com Bros MCS. (Foto: Aurélio Vinicius)

O muralista e autor de HQs Fábio Quill, também conheceu o Aurélio no grupo e em seguida, relata ter conhecido seu trabalho como fotógrafo. “Tive a oportunidade de ter ele em um de meus últimos projetos e foi uma grande satisfação dividir essa experiência com um amigo de grande talento. Sentiremos a falta desse cara incrível que estava sempre à disposição para os seus amigos”, disse.

Aurélio Vinicius, ao centro nos fundos, de camisa listrada, durante encontro de grupo de leitura em anos atrás. (Foto: Arquivo Pessoal)
Aurélio Vinicius, ao centro nos fundos, de camisa listrada, durante encontro de grupo de leitura em anos atrás. (Foto: Arquivo Pessoal)

A jornalista e pesquisadora Rúbia Sibele Rodrigues, esposa de Fábio, lamentou a perda de um dos melhores amigos do casal. “Além de fotógrafo talentoso era um amante da arte e da literatura com conversas sempre interessantes. E sobretudo era a alegria dos nossos rolês, com um comentário perspicaz, uma piada boba que fazia a gente rir, um sorrisão acolhedor que fazia você querer sorrir também, ele conseguia deixar tudo sempre mais leve. Uma pessoa rara. Que vai fazer muita falta nesse mundo e para todos que tiveram o privilégio de conviver com ele”, declarou.

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