Aos 81 anos, paixão de Cleuza é sala de costura com histórias da França
Espaço de costura é todo colorido e, além de ser usado para produção das encomendas, também é sala de aula
Localizado no Bairro Amambaí, o ateliê de Cleuza Costa, hoje com 81 anos, é cheio de cores e nasceu há aproximadamente 20 anos. Já sabendo costurar, ela passou um tempo na França, aprendeu sobre patchwork e, quando retornou ao Brasil, transformou o salão no seu espaço de criação e compartilhamento de conhecimentos.
Desde as cortinas até as decorações das paredes, praticamente tudo tem um toque feito pelas mãos de Cleuza. Seja com as peças criadas com retalhos através do patchwork ou bonecos de pano, cada pedaço do espaço emana carinho.
Quando você se apaixona por algo, aquilo não se torna trabalhoso. Você gosta de fazer e com a costura é assim. Eu me apaixonei", resume Cleuza.
Mesmo já sabendo costurar desde jovem, Cleuza conta que passou a se dedicar mais quando retornou da França.
Conforme ela relembra, em meados de 2000, ela viajou para a Europa com uma sobrinha e morou na França por cerca de oito meses. “Ela tinha uma menininha pequena, então, eu fui ajudá-la. Lá, ela disse para eu aproveitar e fazer algo, não ficar à toa. Por isso, procurei um espaço comunitário no bairro e resolvi fazer patchwork”, conta.
Enquanto a técnica com retalhos costuma ser feita com máquinas, Cleuza explica que aprendeu a fazer tudo manualmente durante o começo. Depois, vendo tecidos maiores, decidiu procurar aprender a técnica também na máquina de costura.
Encantada com a técnica, ela voltou ao Brasil com os conhecimentos e, após fazer amizade com outra pessoa interessada pelo artesanato com os tecidos, aceitou começar a dar aulas.
“Essa minha amiga é que teve a ideia, ela não sabia a técnica, mas começou a procurar alunos. Dei aula em muitos lugares, mas fui parando até que fiquei só aqui no ateliê.”
O tempo passou, novos alunos chegaram e as tendências também mudaram. Além disso, a pandemia também passou a integrar o cenário e mais mudanças precisaram entrar no jogo. “Muitas alunas já eram mais velhas e como a pandemia chegou, precisamos suspender as aulas. Só agora é que estamos retomando”, diz.
Sobre as técnicas utilizadas hoje, depois de 20 anos, a professora detalha que muitas pessoas ainda gostam do patchwork, mas a nova moda veio com a costura criativa.
Por isso, ela também se adaptou e começou a aprender sobre os novos modos de continuar em contato com os tecidos. "Agora, as pessoas querem mexer com costura criativa, que é fazer itens que possam ser usados para algo, como nécessaire, objetos para cozinha, enfim”, explica.
Sem saber por quanto tempo irá continuar com as aulas e produzindo os objetos, Cleuza garante que o amor continua e é isso o que importa.
Para conhecer seu trabalho, fazer encomendas e questionar sobre aulas, é só acessar o perfil no Instagram @cleuzacosta.patch.
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