Arara de monumento voltará a ser vermelha depois de mil doações
Tradicional Monumento das Araras teve a arara vermelha pintada de branca; a cada 1000 doaçoes ela volta a ser vermelha
O aposentado Sérgio Zafira, de 67 anos, passa quase todos os dias pela Praça das Araras, no bairro Amambaí, em Campo Grande. Morador da região, desde de 1996 vê a mesma coisa, um monumento com duas araras azuis e uma vermelha, um dos mais famosos pontos turísticos da Capital.
Porém, nos últimos dias, algo bem estranho aconteceu, em uma das manhãs que saiu para caminhar, se deparou com uma das araras, a que era vermelha, pintada de branca. “Eu não entendi nada, ninguém explicou, achei que era vandalismo ou que a arara ia ficar branca de vez, mas não faz sentido né, não tem arara branca assim na natureza (risos)”.
Nessa manhã, seu Sérgio ficou mais tranquilo quando descobriu que a arara branca faz parte de uma campanha para incentivar a doação de sangue, além de marcar o início da revitalização do monumento.
A ação, denominada “Do Mesmo Sangue”, está sendo promovida pelo Sicredi, em parceria com o Hemosul, com apoio da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) e da SES (Secretaria Estadual de Saúde).
A ação estabeleceu como meta a doação de cinco mil bolsas de sangue. A cada mil bolsas, uma parte da arara pintada de branca voltará a ser vermelha.
E quem ficará responsável pela pintura é o artista plástico Cleir, o mesmo que concebeu a obra em 1996. “Foi minha primeira obra dessa dimensão, virou uma referência aqui de Campo Grande e agora ganhar essa vida de novo, me deixa muito feliz enquanto artista”.
Além da tentativa de incentivar a doação de sangue. A pintura vai marcar início das obras de revitalização do monumento como um todo. “Após a arara ser pintada de vermelha novamente, as três araras serão revitalizadas, nas mesmas cores, com iluminação nova”, afirma o secretário municipal de cultura e turismo, Max Freitas.
Para o Hemosul, esse tipo de campanha é importante porque mobiliza mais pessoas que as ações convencionais da instituição. “Ela é muito mais visível, o que temos lá são igrejas, universidades, empresas, que fazem campanhas dentro de seus nichos, já uma campanha assim tem uma dimensão muito maior, vai chegar a muito mais gente”, enaltece a coordenadora geral do Hemosul, Marli Vavas.
O financiamento de grande parte da revitalização está sendo feito pela instituição financeira, Sicredi. “Nós sempre incentivamos a cultura e o fortalecimento da arte regional e, desta vez, aliamos a revitalização desse tradicional monumento com a doação de sangue, pois sabemos que o Hemosul necessita de apoio, principalmente neste momento de pandemia”, reforça Ivan Fernandes Pires, vice-presidente do Sicredi União Ms/To e oeste da Bahia.
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