Até sexta-feira, cinco filmes serão exibidos, de graça, no MIS
Começa hoje (10) a temporada do projeto “CineMis” com a mostra “Cine Cênico”. A programação segue até o dia 14 de março, com um filme por dia e exibições sempre às 19 horas no Museu da Imagem e do Som. As entradas são gratuitas.
A mostra fará homenagem ao dia do teatro, que é comemorado em 27 de março. Por conta disso, as escolhidas são genuínas montagens teatrais que viraram produções cinematográficas.
Após as sessões, quem quiser, poderá participar de debates sobre os filmes, com alunos e professores de artes cênicas e até psicólogos.
O Museu fica na Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, que está localizado na avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, 3º andar. Mais informações sobre a programação do museu acesse www.misms.com.br.
Confira a programação:
A Morte do Caixeiro Viajante - Nesta segunda-feira (10), será exibido o drama escrito por Arthur Miller, estreou em 1949 como peça. A versão desse filme foi dirigida pelo diretor alemão Volker schlöndorff e foi voltada para a rede de Tv americana, e conta a história do conflito entre o caixeiro viajante Willy Loman (Dustin Hoffman), seu filho (John Malkovich) e Happy (Stephen Lang). Loman, que passou muitos anos longe, é um mestre da representação e tenta passar a limpo sua vida junto a família. Seu filho, Biff, nunca perdoou o pai por ter traído a mãe dele em uma de suas viagens. Em desafio ao pai, Biff não frequentou a escola e leva a vida fazendo bicos. A busca de reconciliação entre os dois vai levar a muitos conflitos. O filme é de 1985 e tem duração de 130 minutos.
Vestido de Noiva - E no segundo dia de programação, o público poderá assistir a história de Alaíde, que após ser tropelada, passa a relembrar os acontecimentos de sua vida. Ela entra em um lugar cheio de mulheres procurando a cortesã Madame Clessi. Mas uma lembrança, que ela não sabe se é verdadeira, pode indicar que o acidente que sofreu foi intencional. Entre delírios e realidades passa a lembrar de seu casamento. O filme é de 2006 e tem duração de 110 minutos.
A Última Tempestade - Quarta-feira, o público vai assistir a recriação da peça "A Tempestade" de William Shakespeare, com Sir John Gielgud no papel de Próspero. Um dos filmes visualmente mais luxuriantes e barrocos de um cineasta que normalmente já é conhecido pela experimentação visual. A literatura se faz dominante, quando os livros são mostrados com enorme detalhismo em sua tipografia, caligrafia e ilustrações extremamente ricas. Estas cenas são sobrepostas às imagens da ação transcorrida ou às de John Gielgud narrando-as. Como na peça, que o roteiro do filme recria, Próspero vive numa ilha com sua filha Miranda, após ter sido banido pelo Rei de Nápoles. Mas o destino faz com que seus inimigos venham a sua ilha, dando início a um romance proibido e a uma série de conspirações e vinganças. O filme é de 1991 e tem duração de 120 minutos.
A Ópera dos 3 Vinténs – Quinta-feira, dia 12 de março, será exibido o musical que vai mostrar Londres, na virada do século XIX para XX, Mack, conhecido como "Mack Navalha", um bandido da época, casa-se com Polly, sem que o pai dela, Peachum, conhecido como o "Rei dos mendigos", tenha conhecimento. Versão restaurada da famosa adaptação de G. W. Pabst para o lendário musical de Brecht que inspirou Chico Buarque em A Ópera do Malandro. Música de Kurt Weill. O filme foi banido pelo Partido Nazista em 1933 e teve cópias destruídas. Foi restaurado e reconstruído na década de 1960. O filme tem duração de 110 minutos.
Esperando Godot - E para encerrar a programação, na sexta-feira será exibida a adaptação da peça "Esperando Godot" de Samuel Beckett. Escrita em 1952, a peça desperta a atenção três anos depois numa montagem na Broadway. O enredo é de difícil compreensão para o público da época: dois vagabundos esperam infinitamente ao pé de uma árvore por um indefinível Sr. Godot, que jamais comparecerá ao encontro marcado. Os dois dias em que a peça se passa são absolutamente idênticos: a situação permanece a mesma do começo ao fim. Num vácuo dramático que revela uma abertura e originalidade teatrais sem precedentes na história da dramaturgia universal. Por meio dessa parábola, Beckett retrata a solidão e a incomunicabilidade entre os homens, fruto do ceticismo europeu apregoado por muitos autores após a Segunda Guerra Mundial. O filme é de 2001 e tem duração de 113 minutos.