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Artes

Com aposentadoria, Antônio recuperou “sangue” de marceneiro

Ele viu o pai criar porteiras e itens para fazenda em madeira durante anos, mas não exerceu profissão

Aletheya Alves | 11/12/2022 07:35
Após aposentadoria, Antônio começou a investir seu tempo na marcenaria. (Foto: Aletheya Alves)
Após aposentadoria, Antônio começou a investir seu tempo na marcenaria. (Foto: Aletheya Alves)

Espalhadas pela casa, peças feitas de madeira por Antônio Ferreira de Freitas vão desde cachepôs até bancos para a garagem. Exercitando as habilidades nos últimos dois anos, ele conta que viu o pai trabalhando com marcenaria durante toda a vida, mas só com a aposentadoria é que recuperou o “sangue” da profissão.

Com a união da aposentadoria e pandemia de covid-19, Antônio se viu com poucas opções para aproveitar os momentos livres do dia. Por isso, gradativamente foi se aproximando das ferramentas que faziam parte apenas de suas memórias.

“Meu pai trabalhava como marceneiro e eu até sabia fazer algumas coisas, mas acho que é uma coisa que tá no sangue mesmo. Desde que comecei a fazer não tive dificuldades”, conta Antônio.

Trabalhos já se espalham pela casa e, principalmente, com as plantas. (Foto: Aletheya Alves)
Trabalhos já se espalham pela casa e, principalmente, com as plantas. (Foto: Aletheya Alves)

Diferente do serviço prestado pelo pai, o aposentado explica que começou a criar algumas peças para seu jardim vertical e não parou mais. “Primeiro fiz um cachepô para colocar as plantas, depois fiz uma estrutura maior e agora faço até as mesas”.

Por ter a marcenaria como uma diversão, ele detalha que usa o espaço de casa para passar o tempo e criar os objetos. Assim, vem se dividindo entre encomendas e vendas do que produz na garagem.

Morador do Aero Rancho, Antônio mantém seu “ateliê” e também o espaço de venda ali mesmo, em casa. Desse modo, quem passa pela rua Cajazeira acompanha tanto a construção dos produtos quanto a exposição dos já finalizados.

Diversão se transformou até em mesa com quatro cadeiras. (Foto: Aletheya Alves)
Diversão se transformou até em mesa com quatro cadeiras. (Foto: Aletheya Alves)

Sobre a história da família, ele conta que seu pai morava na área rural e aprendeu a manejar as ferramentas criando porteiras e estruturas necessárias para fazendas. “Ele fazia coisas grandes, mais pesadas mesmo. Eu gosto de fazer mais leves e com esses detalhes, a gente precisa sempre ter algo para se ocupar”, explica.

Mesmo gostando das técnicas, Antônio deixou a herança da marcenaria suspensa e passou a vida toda na área técnica da educação. Agora, passa os dias debruçado sobre os pedaços de madeira.

Conforme os produtos foram aumentando, o aposentado explica que precisou trocar as ferramentas mais simples por outras melhores. E mesmo com pedidos de móveis realmente grandes, conta que prefere manter o foco nos pequenos e médios para seguir com o hobby.

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