Depois de assistir Titanic 43 vezes, fã entra de novo na fila para sessão 3D
Filme completa 20 anos e teve sessão especial na segunda-feira no UCI
Rose e Jack formam um dos casais com maior torcida no cinema. No fim, eles não ficam juntos. Ele morre após o naufrágio do transatlântico que dá nome ao filme, Titanic. Isso não conta como spoiler, já que a maioria das pessoas, até os mais novos, já assistiram ao longa, que é um dos maiores clássicos da história do cinema. Ontem, a chance de rever foi diferente. O filme foi exibido em três sessões 3D no UCI em comemoração aos 20 anos de estreia e 20 anos de chegada da rede de cinemas no Brasil.
Na fila, tinha até fã de carteirinha do longa, como a estudante Renata Messa, de 28 anos. Ela assistiu Titanic pela primeira vez também no cinema, mas em 2D, no ano em que o filme estreou, 1997. Na época ainda era uma criança, tinha apenas 8 anos, mas se apaixonou pela história e o filme se tornou o seu preferido.
“Quando o vi pela primeira vez o que me impactou foi a tragédia, um navio daquele tamanho naufragando, soube que era baseado numa história real, fiquei muito triste com isso”, recorda ela que saiu da sessão ao lado da amiga Isabella Nogueira, de 18 anos. Essa foi a 44ª vez que Renata viu o filme.
Agora, mais velha, ela fica emocionada com a história de amor que se passa no navio. “Cada vez que fui assistindo tinha uma emoção diferente. Agora que tenho mais idade e mais vivência me emociono com a história do casal. Sempre torço para que fiquem juntos, mesmo sabendo o fim da história”, conta.
A amiga também gosta do filme, mas não é tão fã quanto ela. “A primeira vez que assisti tinha 11 anos, não tinha nem nascido na estreia. Minha mãe via sempre, e aprendi a gostar do filme. Hoje vim acompanhando ela porque é uma grande fã. Choramos juntas o filme todo, nos emocionamos bastante”, relatou com os olhos ainda cheio de lágrimas.
Lá também tinha família com três gerações acompanhando a exibição. A comerciante Maria Clara Duarte assistiu Titanic na estreia, quando morava nos Estados Unidos. “Fui com meus irmãos e meu ex-marido e se tornou o meu filme preferido. Hoje trouxe minha mãe, minha filha e uma amiga dela para ver junto comigo”, afirma.
A adolescente Emily conta que não é a primeira vez que viu o filme, mas quis acompanhar a mãe para vê-lo no cinema. “Aqui foi outra emoção, muito melhor que assistir na televisão. Essa é a segunda vez que o vejo, com certeza verei de novo, sempre há algo novo para descobrir”, declara.
Quando o longa estreou a internet apenas estava engatinhando e com o advento das redes sociais, como o Facebook, foram surgindo teorias sobre a história. Uma das mais famosas é que Jack caberia na porta que Rose ficou no fim do filme, onde foi resgatada por um barco salva-vidas.
As opiniões de quem assistiu no cinema eram controversas. “Eu acho que ele poderia ter se salvado junto dela, tinha espaço na porta”, acredita Isabella. “Para mim até que tinha espaço para os dois, mas o peso não iria aguentá-los, por isso só um poderia se salvar”, conclui Renata.