História de herói japonês que morou em MS virou filme de 3 horas
Onoda viveu escondido durante 29 anos por não acreditar que a 2ª Guerra Mundial havia acabado
Depois de livros e documentários publicados sobre o herói japonês Hiroo Onoda, a história do ex-tenente se transformou em um filme de três horas e tem previsão de ser estreado no Brasil em agosto. Onoda passou 29 anos escondido em uma selva filipina por não acreditar que a 2ª Guerra Mundial havia acabado e, depois de ser homenageado em seu retorno ao Japão, escolheu Mato Grosso do Sul para viver.
A história do soldado japonês foi publicada em seu livro de memórias e ganhou posto de best-seller. Seguindo os passos do livro, o filme, que estreou no Festival de Cinema de Cannes, na França, também foi aclamado, conforme matéria publicada pela BBC.
Dirigido por Arthur Harari, o filme foi intitulado “Onoda: 10 Mil Noites na Selva” e tem previsão de estrear no Brasil em agosto deste ano.
Quando tinha 22 anos, em 1944, Onoda foi enviado em uma missão para defender o Japão em Lubang, uma pequena ilha nas Filipinas. Após um ataque norte-americano, ele continuou escondido na ilha sem se render, indo na direção oposta do que seu país fez em 1945.
Folhetos sobre a rendição foram distribuídos por aviões nos locais mais afastados, mas o japonês não acreditou e seguiu na ilha. Buscas foram feitas tanto pela polícia filipina quanto por expedições japonesas, mas o tenente continuou resistindo.
Anos depois de ser declarado como morto pelo governo em 1959, Onoda saiu de sua base militar e reapareceu em 1974. Na época, ele estava com sua espada, 500 cartuchos de munição e 5 granadas de mão.
Já no Japão, Onoda recebeu honrarias por cerca de um ano e decidiu se mudar para Terenos, em Mato Grosso do Sul, na Colônia Jamic. Seu irmão já morava e Onoda seguiu na colônia por cerca de 40 anos administrando uma fazenda.
O ex-tenente se casou por aqui e, anos depois, retornou ao Japão. Em Tóquio, o soldado morreu e, desde então, novas produções sobre sua vida seguem ganhando destaque.
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