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Artes

Leiloeiro une paixão por arte com trabalho e cria galeria virtual

A proposta inicia, principalmente, com pinturas do acervo do leiloeiro

Maristela Brunetto | 20/02/2023 11:56
Tela de Ilton Silva da coleção Cores e Mitos. (Foto: Reprodução)
Tela de Ilton Silva da coleção Cores e Mitos. (Foto: Reprodução)

Leiloeiro oficial, responsável por colocar à venda objetos, móveis, veículos da Administração Pública, Gustavo Correa decidiu unir a profissão com sua paixão- a arte. No site de leilões em que realiza seu trabalho, ele decidiu sediar também sua galeria virtual, reunindo uma série de pinturas regionais, com ênfase aos pintores do Estado que admira.

É uma ideia que ele vem apostando há cerca de seis meses e pretende expandir, trazendo mais pinturas para colocar à venda. Hoje, é possível conferir na página uma série de quadros de Ilton Silva, um dos principais nomes da pintura sul-mato-grossense.

Correa exalta o talento de Silva, lembrando que ele usava materiais incomuns, como tampinha de caneta, carvão e restos de tinta para transformar em bela pinturas. Filho de Conceição Freitas da Silva, a famosa Conceição dos Bugres, ele morreu em 2018, deixando um acervo vibrante.

Correa coloca à venda vários quadros da série Cores e Mitos, a mais conhecida. Ele tem telas que variam de R$ 2.800 a R$ 6 mil. Há também telas da série Litoral.

Outro pintor admirado pelo leiloeiro galerista e que tem quadro à venda é Luiz Xavier, que tem telas gigantes expostas em prédios com públicos. Dele, está à venda um quadro da série Espantalho, com estilo surrealista.

Espantalho surrealista de L. Xavier também está na galeria virtual. (Foto: Reprodução)
Espantalho surrealista de L. Xavier também está na galeria virtual. (Foto: Reprodução)

Outro nome do estado é Kátia D’Ângelo, que foi casada com Ilton e admitiu ter sido influenciada pelo marido em seu trabalho. Ela tem o feminino em destaque nas suas pinturas.

O leiloeiro conta que teve a iniciativa por considerar que há um mercado a expandir em Campo Grande, para a valorização de obras de arte. Ele defende a compra tanto como forma de revelar o apreço à cultura, que indicaria “o estilo, as referências e a personalidade” de um colecionador, e também como um investimento, afinal de contas as obras vão adquirindo valor com o tempo.

Além de nomes locais, Correa incluiu quadros que ele tinha de outros pintores, como Emerson Pontes, com um belíssimo girassol estilizado, telas do estilo cusquenho e ainda obras de outros artistas que teve oportunidade de adquirir.

O feminino na tela de Kátia D'Ângelo. (Foto: Reprodução)
O feminino na tela de Kátia D'Ângelo. (Foto: Reprodução)

Há intenção de ampliar a oferta, para incluir esculturas, por exemplo.

Para conhecer a galeria virtual, clique aqui.

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