Morre aos 63 anos o jornalista Gilberto Dimenstein, após lutar contra câncer
Autor de livros como "Meninas da Noite", ele teve atuação destacada nos temas de direitos humanos
O câncer no pâncreas levou Gilberto Dimenstein, 63 anos, nesta sexta-feira. O jornalista se destacou na carreira pela cobertura de temas sociais e direitos humanos.
Travava, desde 2019, batalha contra uma tipo agressivo de câncer, sobre o qual escreveu relato emocionante para a Folha de São Paulo, em janeiro deste ano.
"Hoje - é até difícil falar isso - estou vivendo o momento mais feliz da minha vida. Aquele Gilberto Dimenstein do câncer morreu. Nasceu outro. Câncer é algo que não desejo para ninguém, mas desejo para todos a profundidade que você ganha ao se deparar com o limite da vida. Não queria ter ido embora sem essa experiência", anotou.
Carreira - Gilberto Dimenstein teve passagem pelos jornais "Folha de S. Paulo", "Jornal do Brasil", "Correio Braziliense, "Última Hora" e ainda pela revista "Veja", além da rádio "CBN".
Escreveu livros como "Meninas da Noite", sobre a prostituição infantil na Amazõnia, e "Cidadão de Papel", sobre os direitos da criança e adolescente no Brasil. Venceu por duas vezes o Prêmio Esso, o de maior prestígio no jornalismo brasileiro, em 1988 e em 1989 e o outra vez o Prêmio Jabuti de Literatura, em 1993, com "O Cidadão de Papel".
(Com informações do Jornal O Globo)