ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, TERÇA  05    CAMPO GRANDE 24º

Artes

Patrimônio no coração dos sul-mato-grossenses, chamamé agora é bem imaterial

Registro é um instrumento legal de preservação, reconhecimento e valorização do patrimônio imaterial de MS

Paula Maciulevicius Brasil | 30/06/2021 08:54
Muito antes da pandemia estabelecer distaciamento, o Centro Cultural do Chamamé já recebeu muita gente dançando o ritmo na pista. (Foto: Raquel Ovelar Rodrigues)
Muito antes da pandemia estabelecer distaciamento, o Centro Cultural do Chamamé já recebeu muita gente dançando o ritmo na pista. (Foto: Raquel Ovelar Rodrigues)

Así nació nuestro querer
Con ilusión, con mucha fe
Pero no sé por qué la flor
Se marchitó y muriendo fue

Amándola con loco amor
Así llegué a comprender
Lo que es querer, lo que es sufrir
Porque le di mi corazón

Talvez seja este o chamamé mais reconhecido e aclamado em Mato Grosso do Sul logo nas primeiras notas. Mercedita, apesar de ser uma canção argentina, pode ser o exemplo mais claro da importância que o chamamé tem para o Estado. Hoje, oficialmente, declarado bem imaterial.

Publicado no Diário Oficial do Estado de hoje, o decreto n. 15.708, traz a confirmação de que o bem imaterial Chamamé será registrado no Livro de Registro dos Saberes onde são inscritos conhecimentos e modos de fazer arraigados no cotidiano das comunidades.

O registro é um instrumento legal de preservação, reconhecimento e valorização do patrimônio imaterial de Mato Grosso do Sul.

Chamamezeiro com orgulho, Jânio Fagundes é integrante do Centro Cultural Chamamé de Campo Grande e afirma que essa é mais uma conquista importante para os apaixonados pelo ritmo.

"Representa a consolidação, a formalização daquilo que já faz parte do nosso dia a dia. Para nós que temos o chamamé na veia, que dormimos e acordamos com chamamé é extremamente representativo e motivo de orgulho", declara.

Titular da Secic (Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura), João César Mattogrosso destaca que o chamamé possui grande representatividade para a cultura local e é digno de tal reconhecimento.

"O chamamé faz parte da nossa história e das raízes sul-mato-grossense. O registro reconhece a expressão cultural e a importância do gênero musical como patrimônio imaterial, preservando a identidade e singularidades".

Nos siga no Google Notícias