Patrimônio no coração dos sul-mato-grossenses, chamamé agora é bem imaterial
Registro é um instrumento legal de preservação, reconhecimento e valorização do patrimônio imaterial de MS
Así nació nuestro querer
Con ilusión, con mucha fe
Pero no sé por qué la flor
Se marchitó y muriendo fueAmándola con loco amor
Así llegué a comprender
Lo que es querer, lo que es sufrir
Porque le di mi corazón
Talvez seja este o chamamé mais reconhecido e aclamado em Mato Grosso do Sul logo nas primeiras notas. Mercedita, apesar de ser uma canção argentina, pode ser o exemplo mais claro da importância que o chamamé tem para o Estado. Hoje, oficialmente, declarado bem imaterial.
Publicado no Diário Oficial do Estado de hoje, o decreto n. 15.708, traz a confirmação de que o bem imaterial Chamamé será registrado no Livro de Registro dos Saberes onde são inscritos conhecimentos e modos de fazer arraigados no cotidiano das comunidades.
O registro é um instrumento legal de preservação, reconhecimento e valorização do patrimônio imaterial de Mato Grosso do Sul.
Chamamezeiro com orgulho, Jânio Fagundes é integrante do Centro Cultural Chamamé de Campo Grande e afirma que essa é mais uma conquista importante para os apaixonados pelo ritmo.
"Representa a consolidação, a formalização daquilo que já faz parte do nosso dia a dia. Para nós que temos o chamamé na veia, que dormimos e acordamos com chamamé é extremamente representativo e motivo de orgulho", declara.
Titular da Secic (Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura), João César Mattogrosso destaca que o chamamé possui grande representatividade para a cultura local e é digno de tal reconhecimento.
"O chamamé faz parte da nossa história e das raízes sul-mato-grossense. O registro reconhece a expressão cultural e a importância do gênero musical como patrimônio imaterial, preservando a identidade e singularidades".