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Artes

Realismo que impressiona, Igor e Nathalia formam liga das sombras na tatuagem

Com metade da vida como tatuador, Igor agora abre estúdio também em Campo Grande

Lucas Mamédio | 12/03/2020 08:01
Jimi Hendrix não morreu na tattoo de Igor (Foto: Arquivo Pessoal)
Jimi Hendrix não morreu na tattoo de Igor (Foto: Arquivo Pessoal)

A impressão que temos quando olhamos as tattoos de Igor Gambit é que estamos vendo uma foto em preto e branco colada ao corpo de uma pessoa. Especialista em branco e cinza e em desenhos realísticos, Igor, que fez sua carreira em Dourados, no sul do Estado, se prepara apara uma mudança significativa em sua vida, a vinda para Campo Grande.

“Meu trabalho começou a ficar muito conhecido em Campo Grande e passei a fazer muita coisa aí. Então agora estou ficando 15 dias em Dourados e 15 dias em Campo Grande”, fala Igor, direto de Dourados.

O talento para o desenho em Igor é nato, tendo se dedicado à prática desde pequeno. Um dia, já adolescente, com 16 anos, morando em Juína, no Estado de Mato Grosso, Igor foi convidado por um tatuador amigo a fazer sua primeira tatuagem.

“Para mim foi natural fazer aquela tatuagem. E ficou boa até, porque no outro dia tinha uma fila de cara na porta da minha casa que querendo fazer tattoo”.

Composição de tatuagem realista de Igor (Foto: Arquivo Pessoal)
Composição de tatuagem realista de Igor (Foto: Arquivo Pessoal)
Leão realístico no braço de cliente de Igor Gambit (Foto: Arquivo Pessoal)
Leão realístico no braço de cliente de Igor Gambit (Foto: Arquivo Pessoal)

Hoje com 31 anos, com quase metade da vida tatuando, Igor Gambit desenvolveu e apurou a técnica de realismo preto e cinza a ponto de só trabalhar com isso.

“Sempre gostei de realismo, acho um estilo bem complexo e demanda muita habilidade e técnica”.

Mas pra essa nova empreitada Igor está contando com a ajuda de uma fiel escudeira, a Nathalia Kelle. A tatuadora foi sua aprendiz, começou a tatuar há pouco mais de um ano e meio e agora virou sócia de Igor.

Apesar do grande aprendizado com Igor, Nathalia já desenvolve um estilo próprio, baseado na técnica black work. “Eu estou sempre tentando deixar o trabalho mais simples com um pouco do meu estilo”.

A estética de algumas tattoos de Nathalia impressionam pelo ar mais obscuro, mais dark, muito semelhante aos quadros antigos de filmes de terror, mas claro, muito bonitos.

Releitura de Monalisa de Nathalia Kelle (Foto: Arquivo Pessoal)
Releitura de Monalisa de Nathalia Kelle (Foto: Arquivo Pessoal)
Nathalia trabalha com a técnica black work (Foto: Arquivo Pessoal)
Nathalia trabalha com a técnica black work (Foto: Arquivo Pessoal)

Mesmo consolidando cada vez mais essa técnica, a tatuadora de apenas 19 anos pretende aprender mais de outros estilos. “Agora estou aprendendo realismo. Eu sempre gostei muito desse estilo, sempre tive vontade de fazer até que o Igor me mostrou que eu sou capaz e me ajudou muito”.

O nome do estúdio dos tatuadores de realismo é Liga das Sombras. Para acompanhar o trabalho deles só acessar o Instagram @ligadassombras_tattoostudiocg.

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