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Comportamento

Amor de internet fez Elia sair do Líbano para viver história com Gizelle

Em salão de beleza do casal, a história que começou em 2021 impressiona qualquer um

Aletheya Alves | 19/06/2023 06:58
Casamento foi celebrado em solo brasileiro para comemorar a nova vida. (Foto: Arquivo pessoal)
Casamento foi celebrado em solo brasileiro para comemorar a nova vida. (Foto: Arquivo pessoal)

Há pouco mais de um ano morando no Brasil, a história de como o cabeleireiro Elia Chahene veio parar em Campo Grande parece enredo de filme. Tendo conhecido Gizelle Nammoura pela Internet, o libanês se apaixonou e decidiu cruzar o mundo para viver o amor em solo sul-mato-grossense.

“As pessoas me perguntam como tive coragem de me envolver assim e sempre falo que nem eu sei”, brinca Gizelle sobre como o relacionamento foi construído. Conseguindo pensar melhor e entender sobre a rapidez da união, a terapeuta diz que a única explicação pode ser divina.

Em 2021, sem nem imaginar que sua vida mudaria totalmente, ela foi conectada a Elia através de um familiar. “Eu estava na casa do meu tio e vi um primo do Elia, me lembro que o achei interessante, mas foi isso. Ele me adicionou nas redes sociais e até conversamos, mas ficou só nisso”.

Imaginando que a história não seguiria entre ambos, o primo de Elia resolveu comentar com o libanês sobre Gizelle. E, estando solteiro, o cabeleireiro também a adicionou nas redes sociais.

Puxando na memória, ela comenta que o gosto um pelo outro foi quase instantâneo, mas ao contrário do primo de Elia que estava no Brasil, o homem ainda morava do outro lado do planeta. Sem falar português, todas as conversas eram feitas em árabe e, três meses após se “conhecerem”, Gizelle resolveu sugerir que o homem viesse ao Brasil.

“Ele me falava que queria sair do Líbano porque estava muito complicado continuar lá, mas iria para algum país da região. Esses meses depois de conversar, falei para ele conhecer o Brasil, mas achei que ele falaria que não dava, inventaria uma desculpa”, explica a terapeuta.

Noivado ocorreu no dia seguinte em que Gizelle chegou ao Líbano. (Foto: Arquivo pessoal)
Noivado ocorreu no dia seguinte em que Gizelle chegou ao Líbano. (Foto: Arquivo pessoal)

Já apaixonado pela brasileira, Elia realmente aceitou a sugestão e tentou pedir o visto para conhecer o país em dezembro de 2021. Mas, sem sucesso, teve a solicitação negada pela embaixada.

Mesmo com a negativa, Gizelle conta que continuou acreditando que a história de amor poderia dar certo, enquanto o cabeleireiro tomou um banho de água fria. “Eu via que ele estava cada vez mais próximo de mim e tentava dizer para ele se acalmar. Sempre acreditei que as coisas acontecem por motivos, então pedia muito para Deus manter ele na minha vida se fosse para ser”.

Com isso em mente, a terapeuta resolveu que iria visitar o futuro marido, já que alguns meses seriam necessários até que o novo pedido pudesse ser solicitado. “A família dos meus pais é de lá, então como eu tinha essas pessoas, tinha a segurança, eu pensei que daria para conhecê-lo”, comenta.

Hoje, os dois trabalham no próprio salão de beleza. (Foto: Arquivo pessoal)
Hoje, os dois trabalham no próprio salão de beleza. (Foto: Arquivo pessoal)

Até realmente conseguir ir foram várias tentativas frustradas por imprevistos diversos, mas, na Páscoa de 2022 a ideia deu certo. “Fui para lá e no primeiro dia já fui pedida em casamento, no dia seguinte a gente ficou noivo. Lembro que ele fez o pedido e eu falando que a gente precisava se conhecer antes, mas o noivado realmente aconteceu”.

Após o pedido ser oficializado em Beirute, Elia solicitou novamente o visto e, no dia 18 de maio de 2022, chegou ao Brasil. “Desde então, a gente tem se organizado e ele tem sido muito guerreiro tanto para aprender a língua. Ele tem uma experiência de mais de 20 anos como cabeleireiro, mas precisou reaprender tudo aqui”.

Contando seu ponto de vista, Elia diz que o início no Brasil foi difícil justamente pela língua, mas que agora a adaptação tem sido melhor. “Com minha esposa me ajudando fica mais fácil, assim como conhecendo mais as pessoas e a cultura. Olho para trás e vejo quanta coragem tive em deixar minha família e meus amigos para vir para um país em que conhecia somente minha esposa”, explica.

Depois de toda a história, os dois resolveram abrir o próprio salão e, combinando com a narrativa, o espaço ganhou o nome de “Amei”.

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