Amor que começou na balada ensinou lição para aproveitar a vida
Em 2023, Edir faleceu devido ao câncer de pulmão, porém sua memória segue viva no coração de Ana
Ana Paula Bezerra Pegaz e Edir Portilho Lopes se conheceram em uma balada e foi o clássico ‘amor à primeira vista’. Entre as idas e vindas da vida, elas se reencontraram em 2019 quando finalmente ficaram juntas. Durante o namoro, Edir recebeu o diagnóstico de câncer no pulmão e em 2023 faleceu, aos 53 anos, em decorrência da doença.
Neste ‘O Que Ficou De Quem Partiu’, o Lado B traz a história de Edir, que é descrita como alguém que amava a vida, vivia de forma intensa e nunca deixava de expressar gratidão. Edir se despediu desse mundo no dia 1º de julho de 2023, porém sua memória segue viva e as lições que ensinou também.
Quem fala a respeito dela é Ana Paula que, embora ainda esteja enfrentando o luto, reservou um tempo para conceder a entrevista. Relembrando onde tudo começou, Ana volta para 1995 e conta que desde aquela noite nunca esqueceu Edir.
“Nos conhecemos em uma balada, me lembro como se fosse hoje. Ela era muito linda, nossa conexão foi 100%. Desde esse dia nunca deixamos de nos ver quando dava e de nos falar”, diz.
Por um tempo significativo, elas ficaram distantes e esse período é resumido por Ana como uma ‘longa história’. “Estávamos namorando, mas já conhecia ela há mais de 23 anos quando resolvemos mesmo ficar juntas”, explica.
Em 2019, elas engataram o relacionamento que fez jus ao ‘na saúde e na doença’. Antes de Edir descobrir a doença, Ana comenta que as duas aproveitaram muito. “Nós nos encontramos novamente em 2019, ela estava muito feliz em todos os sentidos. Viajamos muito, curtimos muitas baladinhas. Ela era atenciosa em tudo, sabia fazer aquele churrasco, caldo, porções era a especialidade dela”, afirma.
No ano seguinte veio o diagnóstico que nos três anos seguintes fez parte do cotidiano do casal. Apesar das dificuldades, elas não perderam a fé. “Descobrimos a doença câncer de pulmão e foi muito difícil, porém nunca desistimos de lutar. A fé era enorme, nossa conexão com Deus ajudou muito, foram muitas batalhas, idas e vindas, mas tudo foi válido”, fala.
Ana esteve com Edir até o momento final, no dia 1º de julho. Hoje, quando ela fala sobre a grande parceira e companheira de vida, não faltam elogios.
“A Edir era uma pessoa incrível, de um coração enorme, dedicada aos seus animais e acreditava no amor. Quando a conheci ela cuidou de um rapaz por mais de 20 anos, ensinou sobre a vida para ele e se dedicou na aprendizagem. Com isso as pessoas tinham uma visão encantadora dela, quem a conhecia sabia do coração enorme dela”, destaca.
Das lições que Edir ensinou, o amor à vida é, sem dúvida, o mais precioso. "Ela me ensinou a viver intensamente, aproveitar cada minuto, dar valor a pessoas que nos amam. Me ensinou a jamais duvidar do valor da vida, da paz, do amor, do prazer de viver, enfim, de tudo que faz a vida florescer. A Edir sempre estará viva em meu coração”, pontua.
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