Após minicidade no pátio, Rayanna expande projeto para áreas antes ignoradas
Alunos se interessaram pela intervenção e decidiram ajudar a colorir escolas
Espaços cinzas antes ignorados por alunos ganharam cores após a professora e artista plástica Rayanna Valeriano, de 27 anos, entrar em ação. O primeiro trabalho ocorreu na montagem da minicidade "Alcidinópolis", no pátio da Escola Municipal Alcídio Pimentel, na Vila Carvalho, em Campo Grande.
O projeto de uma minicidade de trânsito foi idealizado por professores e apoiado pela direção da escola. Todo o mural foi desenhado por Rayanna e colorido com a ajuda de todos os professores. “Recebemos doações de materiais de alguns pais, professores e somamos a verba da própria escola”, conta.
Logo depois do mural, Rayanna levou arte à Escola Estadual de 1° Grau Emygdio Campos Widal - Escola de Autoria – que recebeu pinturas interativas relacionadas ao projeto Língua Portuguesa, da professora Natália Borges. “Na escola eu fiz a asa colorida e o trabalho durou umas 13 horas”, conta.
Rayanna explica que o terceiro espaço foi uma das escadarias da Escola Estadual Hércules Maymone, onde também ministra aulas.
“Pintamos uma parte da escadaria. A escola tinha umas paredes muito fechadas, na cor cinza. Nada chamava a atenção dos alunos. Eles sempre passavam direto. Eu passei uma das duas semanas pitando e cada dia se tornou um tipo de desenho diferente. Durante os trabalhos, eles (alunos) começaram a perguntar o porquê das pinturas. Eles perceberam que poderiam ter essa possibilidade de se expressar com arte e quiseram participar. Na etapa final alguns alunos ajudaram”, lembra Rayanna.
A artista plástica também faz trabalhos particulares no interior de casas, cozinhas, quartos, varandas e telas. Para os trabalhos utiliza mais a tinta acrílica, pincel e spray. “Depende do ambiente, na Alcídio Pimentel, como estávamos fazendo no período de aula, o melhor foi a tinta, pois o spray tem o cheiro mais forte”, pontua.
No Hércules Maymone, a professora também levou o projeto à direção e os colegas abraçaram a causa. “Tivemos doação de tintas, bisnagas e pincéis. Eles viram que um pouco de cor faz toda a diferença”, conta.
O próximo projeto foi um convite. Rayanna deve levar arte a dois muros do Centro De Educação Profissional Ezequiel Ferreira Lima. “Ali a direção me chamou para ver a possibilidade de cobrir dois muros. Eles já fizeram o levantamento dos custos e acho que começo em fevereiro. Lá será algo relacionado aos cursos técnicos”, conta.
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