Bolo gelado fez Cristiane trocar odontologia pela confeitaria
Receita de família era para ser feita apenas em uma festa, mas se tornou chance de mudança
Quando era criança, Cristiane Scalon Betzkowski Lima começou a sonhar em ser dentista e, na hora de prestar o vestibular, essa era a única opção. O próximo passo foi exercer a profissão, mas ela não imaginava que a festa de aniversário da filha e um bolo gelado fariam com que a odontologia ficasse no passado e fosse substituída pela confeitaria,
Hoje, depois de 12 anos atuando como dentista concursada no interior do Mato Grosso, Cris se dedica totalmente aos doces, bolos e tortas. Além disso, tem ensinado a outras mulheres sobre como entrar no ramo, tudo a partir do bolo gelado.
Contando melhor a história, ela começa dizendo que cursou odontologia em Campo Grande e, logo após se formar, mudou de cidade ao lado do marido. Nesse período atuou na área e se apaixonou, tanto que segue com gosto pela área mesmo sem exercer a profissão.
Seus rumos foram mudando quando sua filha, Letícia, fez um ano de idade e a escolha foi por produzir os doces em casa. Cris narra que nunca foi muito próxima da confeitaria, apenas arriscava algumas poucas sobremesas simples, mas decidiu se dedicar no aniversário.
Aproveitando a ideia, seu marido pediu que ela fizesse um bolo gelado famoso na família, mas que não tinha a receita. Cristiane foi atrás, conseguiu os ingredientes e o método com a tia, tentou fazer e deu certo,
“Ele é um bolo que parece sorvete. É realmente muito gostoso, mesmo hoje, depois de vários cursos que fiz no ramo da confeitaria, nunca encontrei uma outra receita que conseguisse chegar perto dessa”.
No fim das contas, tanto o bolo quanto os docinhos para a festa de aniversário deram certo. A questão é que os convidados começaram a comentar sobre e questionar como poderiam encontrá-lo para comprar.
Cris conta que a notícia correu rápido, já que a cidade era pequena, e ela explicava que tinha feito. “As pessoas acharam até estranho porque eu era dentista, não era da confeitaria, e não tinha o hábito de fazer sobremesas. Só fazia algumas simples, mas nada aprofundado ou profissional”.
Nas palavras da confeiteira, foi esse bolo que mudou o rumo de sua história, já que as pessoas seguiam perguntando e pedindo pela receita. “Minha tia tinha passado a receita com tanto carinho, com tanto segredo, que eu não podia passar e foi aí que comecei a fazer para vender”, disse.
Ainda morando no Mato Grosso, ela seguiu como dentista e passou a fazer o bolo gelado para vender. Até que o retorno para Campo Grande alterou o caminho de vez.
Ela comenta que, ao vir para Mato Grosso do Sul, precisaria recomeçar na odontologia. E, ponderando sobre ficar com a família, decidiu que a confeitaria seria uma boa trajetória, já que as encomendas na antiga cidade deram essa possibilidade.
Além do bolo gelado, ela aprendeu sobre outras técnicas e receitas, então a experiência foi se acumulando. Desde então, a profissão imaginada na infância ficou para trás.
Hoje, ela se dedica apenas à confeitaria e, além de produzir os alimentos, também ensina outras mulheres sobre o caminho. Cris completa dizendo que, assim como aconteceu com ela, o bolo gelado pode ajudar outras pessoas a criarem novas histórias.
Sobre as encomendas e os cursos, seu perfil no Instagram é @cristianescalon.
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