Casa de madeira foi recomeço para Oscar não perder Gerlania
Após se mudarem para a Capital em busca de tratamento médico, casa se transformou em lar
Há 19 anos, quando se mudaram para Campo Grande, Oscar Mohr e Gerlania Pinheiro de Souza não imaginavam que uma casinha antiga no bairro Santo Amaro se tornaria seu lar. Saindo do Interior, os dois chegaram à Capital para garantir um tratamento de saúde à mulher e, desde então, o marido conta que a mudança de vida foi um recomeço para não perder Gerlania.
“A gente precisava ir ao médico dia sim e dia não, mas era necessário porque eu não queria perder ela de jeito nenhum. Então, a gente ia mesmo”, conta Oscar sobre a rotina de uma década atrás. Tendo deixado Bela Vista para trás, os dois narram que a ideia não era reconstruir a vida por aqui, mas a construção antiga de madeira foi o cenário necessário.
Na época, diagnosticada com problemas nos rins, Gerlania narra que a vida seguia normalmente no Interior. A partir das complicações, todo o tratamento passou a ser feito em Campo Grande e, devido aos cronogramas, o melhor foi se mudar.
Puxando na memória, Oscar brinca que não havia se imaginado morando em uma das casas de madeira antigas da cidade. Até porque, em Bela Vista, a vida era levada em uma casa mais contemporânea.
Mesmo assim, quando os dois encontraram o lar no Santo Amaro, decidiram ficar por ali. “No fim das contas, ela conseguiu o transplante dos rins e nós decidimos continuar por aqui, na mesma casa. Fizemos as manutenções que são necessárias e continuamos”.
Devido à construção ser antiga, o proprietário comenta que alguns ajustes foram feitos, mas mantendo a ideia inicial da casa. “Nós não mudamos nada muito estrutural, só melhoramos algumas partes que são importantes. Antes, quando chegamos, tinha até uma cerca ali na frente ao invés do portão”, diz Oscar.
Vendo as outras casas do estilo desaparecendo no bairro, o casal comenta que muitas estão abandonadas ou foram desfeitas. Ao lado, por exemplo, uma construção parecida já foi retirada para dar lugar à arquitetura mais recente.
No caso dos dois, por enquanto, a ideia é manter o espaço da mesma forma com que foi levantado. Sem ver grandes problemas na casa de madeira, Gerlania pontua que o lar é confortável e, tendo o recebido tão bem, continua funcionando com carinho.
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