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Comportamento

Coleção com CD até do Japão faz Delfo não esquecer amor por música

DJ comprou o primeiro disco em 1976, entrou no cenário musical e faz questão de manter relíquias por perto

Por Aletheya Alves | 17/01/2024 07:10
Delfo mostra alguns exemplares de CDs que faz questão de guardar. (Foto: Alex Machado)
Delfo mostra alguns exemplares de CDs que faz questão de guardar. (Foto: Alex Machado)

Aos dez anos de idade, Filadelfo Segovia, o DJ Delfo, comprou seu primeiro disco e quatro décadas depois faz questão de manter suas relíquias por perto para não esquecer do amor pela música. De equipamentos de som até CDs importados do Japão, cada detalhe é visto por ele como uma fotografia de sua história.

“Esse amor é coisa de criança, sempre morei na Vila Jacy e comecei com dez anos. Meu primeiro disco que comprei foi do ‘Celso, a Máquina do Som’, em 1976”, explica Delfo. Na época, ele não imaginava que a paixão iria o acompanhar durante toda a vida.

Narrando sobre esse período inicial, ele comenta que trabalhou na casa de uma mulher que era fanática por som e, desde lá, seu próprio gosto foi se desenvolvendo. “Minha vizinha também tinha esse gosto, na casa dela tinha uma vitrola e eu era o ‘DJ’ daquela época”.

Equipamentos de som integram a história do DJ de Campo Grande. (Foto: Alex Machado)
Equipamentos de som integram a história do DJ de Campo Grande. (Foto: Alex Machado)

Depois do primeiro disco, Delfo começou a investir nos lançamentos da Som Livre e, aos 16 anos, começou a tocar em comemorações de aniversário.

“Fiz festinhas de 15 anos e fui trabalhando. Com o dinheiro que ganhava, comprei meus primeiros equipamentos e, além de trabalhar com os aniversários, entrei em rádios também”, explica o DJ.

Outra etapa da paixão de Delfo foi atuar como DJ nas chamadas ‘paqueras do Guanandi’ e, anos depois, se tornou uma das referências do Flashback em Campo Grande. “Nos últimos anos, me aposentei, mas ainda faço algumas festas. Já em casa não abandono”.

Exemplo de que o amor continua é a coleção que mantém em casa, mesmo já tendo saído da cidade e retornado para Campo Grande tempos depois.

Registro de Delfo quando tocava com frequência em festas. (Foto: Arquivo Pessoal)
Registro de Delfo quando tocava com frequência em festas. (Foto: Arquivo Pessoal)
Caixas de som dividem espaço com coleção de CDs. (Foto: Alex Machado)
Caixas de som dividem espaço com coleção de CDs. (Foto: Alex Machado)

“Tenho minhas caixas de som que são de mais de 30 anos, é difícil você encontrar a pessoa que tem esses equipamentos. Eu vejo muito que eles são fotos da minha história. Tenho um som que é da década de 1980, quando o Roberto Som ainda vendia”, narra.

E, especificamente sobre os CDs, Delfo explica que mais de mil itens continuam guardados com todo carinho. Antes disso, outros discos também eram preservados, mas foram substituídos pelas mídias atuais na época.

Citando as produções mais diferentes, ele comenta que costumava importar CDs como os de Best of Blondie, Queen, Cindy Lauper, Lionel Richie, Mister Sam e Gloria Estefan.

“Deixo tudo funcionando porque é minha paixão, são minhas relíquias. Fui aprendendo sozinhos porque fazia os sons aos poucos com discos, depois fui para os CDs e pen drive. Não abandono de jeito nenhum”, completa.

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