Da Feira do Guanandi à Praça Ary Coelho, cidade tem diversas 'caras'
No aniversário da cidade, Lado B descobriu o que mais simboliza a cidade para quem mora ou já morou na Capital
Parque das Nações Indígenas, shoppings, Feira do Guanandi, Praça Ary Coelho e a florada dos ipês. Ao se falar ou pensar na cidade, cada um tem uma referência sobre o que a representa. Neste aniversário de 124 anos, o Lado B conversou com as pessoas para descobrir o que na visão delas simboliza a Capital.
O primeiro relato é de um corumbaense que viveu a maior parte infância na cidade natal, mas costumava tirar as férias escolares com a família em Campo Grande. Apesar de ter se mudado de Corumbá na adolescência, Bruno Canavarro, de 28 anos, não esquece o sentimento mais marcante que tem sobre a cidade morena.
“Campo Grande pra mim sempre foi a minha São Paulo e eu acho que esse tipo de visão as pessoas do interior também devem ter, porque era o mais próximo que a gente tinha dentro do estado em questão de acesso e por questão de potência. A visão que as pessoas têm de São Paulo é a que a gente tinha de Campo Grande”, diz.
Ele recorda que após as férias escolares o mais legal era compartilhar com os amigos corumbaenses as aventuras. “Lembro que na escola tinha aquelas perguntas de: ‘O que vocês fizeram nas férias? Para onde vocês foram?’. O auge era falar que você foi pra Campo Grande, ao shopping, ao cinema e que você comeu McDonalds porque eram coisas que não tinham em Corumbá. Esse é um grande sentimento que tenho que fez parte da minha infância”, comenta.
Natural de Santo Anastácio (SP), Raimundo Carlos Sobrinho, de 79 anos, mora no Bairro Moreninhas desde 1979. Dentre todas as coisas que viu mudar no cenário campo-grandense, ele destaca o que melhor representa o avanço da cidade. “Quando cheguei aqui tinha menos shopping, mas hoje tem tantos, tem Shopping Campo Grande, tem na saída de Cuiabá, é muito bom”, afirma.
Para Cristiane Regini, de 39 anos, pensar na cidade é imediatamente lembrar da Praça Ary Coelho. Moradora do Bairro Itamaracá, ela visita o lugar todos os dias onde passa as tardes conversando e aproveitando para comer a pipoca, que é um dos produtos que sempre tem alguém vendendo na praça.
Ela fala que as visitas diárias no ponto turístico são feitas por uma questão de saúde mental. “Vir no Centro e não vir aqui é não vir no Centro. Eu venho aqui porque tenho depressão e é pra mim não ficar em casa. O médico falou pra ver uma coisa que me distrai aí eu venho aqui. Tem vezes que venho cedo e só vou às 18h da tarde. Isso me faz muito bem”, declara.
Cristiane não é a única a ter apreço pela Praça Ary Coelho e a emblemática fonte. Elvis Targino, de 39 anos, trabalha no espaço e vê diariamente turistas passeando e fazendo fotos. Ele conta que presencia muitos turistas procurando e fazendo fotos no chafariz.
“O pessoal que vem de fora fala: ‘Ah, quero ver o chafariz funcionar’. Tem gente que vem de Minas Gerais, outras cidades e do interior. O pessoal procura aqui porque tá dentro do catálogo turístico. A pessoa vem aqui pra tirar foto do chafariz. Eles procuram muito, fazem selfies e videochamadas falando que está na praça”, explica.
Além da praça, que vê como a ‘cara’ de Campo Grande, Elvis cita outro lugar que vê como símbolo da cidade. “Eu gosto muito do Parque das Nações Indígenas por causa da reserva, agora tem o aquário que ficou mais legal. É um local que tem bastante verde, a pista de caminhada, a lagoa. É um local que me sinto bem e dá pra dar uma respirada, acabar o stress”, relata.
Quem cresceu em Campo Grande, mas há três anos se despediu da cidade para morar em outro estado sente falta do período de florada dos ipês. Karen Ferreira, de 25 anos, estuda Teatro em São Paulo e fala que são os ipês que representam a cidade na visão dela.
“O que mais sinto saudade são as flores de ipê quando eu andava principalmente perto do Parque das Nações Indígenas e toda aquela Avenida Afonso Pena. A ideia de ver o ipê principalmente nessa época do ano todo florido me faz lembrar muito Campo Grande. Quando vejo outra flor de ipê em outro lugar, que é muito difícil, me vem a recordação dos ipês do Parque das Nações Indígenas e a Afonso Pena. É a lembrança mais forte”, ressalta.
Para Letícia Ferreira, de 27 anos, não dá para falar da Capital sem mencionar a Feira do Guanandi. Criada no Bairro Jacy a poucas quadras de distância da tradicional feira de domingo, ela relata como esse ponto não só representa a Capital, mas também uma pessoa especial.
“Quando penso em Campo Grande sempre penso: ‘Domingo tenho que ir na feira’. É sempre um compromisso que a gente faz. Se vou para Campo Grande domingo é dia de feira. Isso virou um hábito só depois que minha vó morreu, porque ela ia à feira todo domingo, mas eu não ia. Assim que ela morreu, no primeiro fim de semana sem ela, fui à feira comprar flores, no outro domingo comer pastel e falei comigo mesma que iria vir todo domingo”, destaca.
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