De cética, Luana virou bruxa talentosa com as cartas e na arte
A história com a bruxaria natural iniciou em 2019, quando ela "esbarrou" no mundo espiritual por acaso
Idaicy Solano | 30/07/2023 07:20
Luana descobriu o tarot terapêutico e a bruxaria natural em 2019, e relata que a espiritualidade mudou sua vida. (Foto: Paulo Francis)
Após sentir "chamado" do mundo da espiritualidade, a bruxaria natural abriu a mente e os caminhos da jovem Luana Attuy Gameiro, 24 anos. Bruxa, taróloga e empreendedora, o que iniciou como um hobby virou estilo de vida e fonte de renda, mas acima de tudo, mudou a perspectiva e visão de mundo de Luana.
A história com a bruxaria iniciou em 2019, quando "esbarrou" no mundo espiritual por acaso. "Eu ouvi falar que quem entra nessa jornada da espiritualidade, é geralmente depois que algum impacto muito grande na vida acontece. Mas eu estava bem. Eu só senti um chamado. Eu não acreditava em nada, eu era muito cética".
Luana explica que a bruxaria possui vários caminhos, mas foi com a bruxaria natural que ela se identificou. Essa vertente espiritual está ligada à natureza, e é ao ar livre que a bruxa declara se sentir confortável e à vontade. "A gente usa mais do que a Terra oferece, então eu faço muito uso das ervas, tanto da forma medicinal, quanto na forma espiritual energética, a gente usa cristais, incensos, então tudo que a terra dá a gente usa e aproveita e agradece. Então acredito muito nessa energia".
A espiritualidade mostrou uma nova perspectiva de vida para a bruxa, e mudou a vida de Luana para melhor. Através da bruxaria ela aprendeu sobre empatia, paciência e a importância de ouvir e se sensibilizar com a dor do próximo, além de fazer novas amizades e expandir o circulo social. "Depois que eu entrei nesse caminho, eu fiz muitas amizades, consegui perder um pouco da timidez".
Além de praticar bruxaria natural, Luana também faz tiragens de tarot terapêutico, leitura de cartas focada em autoconhecimento. "Eu aprendi muito sobre empatia, eu aprendi muito sobre não julgar o próximo. Quando a gente tira tarô, a gente vê tanta coisa, então eu aprendi a não julgar".
Eu era uma pessoa bem fechada. Depois que eu comecei nesse caminho eu fui abrindo a minha mente. Entendi que ninguém precisa acreditar no que eu acredito e eu também não preciso acreditar no que o outro acredita, mas todo mundo pode compartilhar sabedorias, experienciar novas coisas", declara Luana Attuy.
Na espiritualidade, Luana também enxergou a oportunidade de empreender. O que começou com tiragens pessoais e para amigos, acabou se tornando sua fonte de renda. "Eu só tirava para o meu grupo [de amigos], e aí esse grupo falava pra outras pessoas. Aí foi vindo gente, e eu falei 'então está na hora de começar'".
Além das tiragens, Luana também possui uma loja de produtos artesanais e objetos ligados à bruxaria e espiritualidade. A maioria dos produtos são feitos por ela mesma. Na loja é possível encontrar velas aromáticas, incensos, cristais, pedras de cada signo, incensos e mandalas pintadas à mão.
O artesanato é terapêutico e um momento de tranquilidade para a empreendedora. Ela explica que quando a inspiração surge, gosta de ir para algum ambiente tranquilo. "Geralmente, quando eu vou pintar, eu desligo tudo, vou para o meu quarto e faço as minhas pinturas".
A partir das pinturas, Luana explica que surgem ideias para chaveiros, incensários, mandalas de parede, adesivos, velas e cerâmicas. "As velas eu faço de todos os tamanhos e eu gosto de decorar elas, eu não gosto de minimalismo. Então eu faço elas todas decoradas com cristais, com ervas".
Outro produto que faz sucesso na loja é o "kumbaya", um cigarro de ervas que não tem tabaco. A bruxa garante que só utiliza ervas e o produto tem funções terapêuticas. "O 'bom sonhos' é pra ansiedade, ele é bem docinho e todo mundo gosta. Quem não fuma adora, porque não tem tabaco, também é uma boa alternativa para quem fuma e está tentando parar".
O contato com a taróloga pode ser feito através do Instagram @lualquimias.
Na enquete de sábado o Campo Grande News trouxe a seguinte pergunta aos leitores: 'Você já se encontrou em alguma religião?. Assim como no caso de Luana, 73% dos que votaram afirmaram que sim, enquanto 27% respondeu que não.
