De futebol a piada do pavê, a gente ouve de tudo na mesa de Natal
Além da famosa fofoca entre os parentes, os encontros costumam trazer à tona assuntos polêmicos
Na hora de reunir família e amigos para o Natal, assunto é o que não falta. O Lado B foi às ruas para saber quais são as conversas que nunca podem faltar nos encontros familiares e assuntos que é melhor evitar para a ceia não acabar em discussão.
Na véspera de Natal, o Centro de Campo Grande estava bem movimentado após o horário de almoço. Enquanto alguns trabalhavam, outros aproveitavam para garantir as compras e os presentes e foi na Rua 14 de Julho que os personagens dessa matéria apareceram.
Acompanhada pelo casal de filhas e a esposa, Renato Godoy, de 34 anos, conseguiu pensar em diversos assuntos abordados nessa época do ano. “A gente fala sobre o que se passou o ano todo, geralmente tem alguém que tem assunto de trabalho. Nós homens costumamos falar de futebol, parece que não, mas é uma coisa que a gente conversa”, diz. Além desses tópicos, os objetivos para o próximo ano também entram na pauta familiar.
Em contrapartida, Renato comenta que existem determinadas conversas que os parentes costumam deixar de lado. “Quando entra assunto de falar mal de alguém, geralmente na nossa família que somos cristaões, a gente evita de ficar: ‘fulano é isso, é aquilo’. A gente dá uma cortada”, afirma.
A esposa dele, Joyce Cantero, de 28 anos, resume qual é o tipo de coisa que as mulheres da família costumam papear. “Às vezes sai fofoca, mas falar mal acho que ninguém gosta”, pontua. Sobre histórias repetidas de parentes, ela responde com uma risada. “É o que mais tem”, garante.
Para Nathália Benitez não tem nenhum tipo de conversa que possa render polêmica ou discussão. No Natal, ela diz que não faltam piadinhas. “Sempre tem um: ‘É pavê ou pra comê”, comenta.
Pelo menos nesse ano, ela irá passar a data com os amigos e já até sabe que alguém irá ressuscitar uma história antiga ou perguntar sobre o Ano Novo. “Esse ano vou passar com os amigos e sempre tem algum que relembra. A gente fica mais a vontade, Natal é mais família, mas a gente encaixa os amigos”, explica.
Na comemoração de Natal de Alexandro Teodoro, de 47 anos, os assuntos são os parentes. “Pessoal fala mal da família mesmo”, ri. Em seguida, ele responde de forma mais séria que no fim as conversas seguem o mesmo caminho. “É mais essas coisas de trabalho e saúde”, resume.
Vitor Costa Damazio, de 14 anos, sempre fica atento no bate-papo dos parentes. Na família dele não tem nenhum assunto delicado demais para se falar, o Natal é tranquilo, porém tem umas fofocas que deixam tudo mais movimentado.
“A gente normalmente faz um bingo no final de ano. Eu fico em volta do globo cantando os números e, às vezes, dá uma discussão de fofoca, de tio que não aparece. Tem as piadas, as de tiozão do pavê”, conta.
O tio do jovem, Edinaldo Gomes da Silva, de 44 anos, dá mais detalhes de outros temas que os adultos trazem à tona. “Pessoal fala muito sobre trabalho, quem ganha mais ou menos. Pessoal fala dos filhos, se tá bem na escola, se passaram de ano”, afirma.
As brincadeiras, segundo ele, fazem parte da noite de Natal. “Um que a gente conversa, às vezes, é dos velhos que casam com as novas, é muito engraçado”, ressalta.
Em relação a temas que não costumam ser mencionados, ele dá como exemplo futebol e política. “Política a gente fala bem pouco, política quase não tem assunto porque do jeito que tá qualquer coisinha querem acertar a orelha do outro”, explica.
Assim como é na família de Edinaldo, a política é tópico sensível entre os parentes do casal Evellin Machado e Lurram Machado. “Política sempre tem, mas a gente não instiga muito”, diz ela. Além desse tema, outros que não podem faltar é sobre crianças e economia. “A gente conversa de tudo, sobre a família, criação dos filhos, preços das coisas”, completa.
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