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Comportamento

De lambada a rock, no carro de Igor passageiro é quem manda no som

Aos 22 anos, ele abandonou emprego fixo em farmácia para ganhar uma grana como motorista de aplicativo

Suzana Serviam | 30/09/2021 08:32
Faz pouco mais de um ano que Igor virou motorista de aplicativo. (Foto: Suzana Serviam)
Faz pouco mais de um ano que Igor virou motorista de aplicativo. (Foto: Suzana Serviam)

Abriu a porta, entrou no carro do Igor Henrique Pazini da Silva, de 22 anos, prepare-se para responder a pergunta: "Qual estilo de música você gosta?" Antes de ser direto, o jovem avalia, pelo retrovisor, o estado de espírito do passageiro para saber se está afim mesmo ou não de música.

Segundo ele, dá para ver na expressão da pessoa. "Tem gente que entra quieta, outros chorando", diz. Nesses casos, a dúvida permanece e a playlist rola solta, até o cliente sinalizar algum pedido ou até Igor perceber que as lágrimas aumentaram.

Em um ano como motorista de aplicativo, o pedido mais curioso foi sobre a música clássica. "Eu até pensei que o rapaz ia pedir um rap, porque estava com boné de aba aberta e roupas largas", recorda. O trajeto durou exatos 30 minutos com ritmo que possivelmente não faria parte das festas da juventude.

Falando em juventude, certo vez, uma passageira pagou R$ 10,00  a mais na corrida só para ter o prazer de ouvir seu delicioso funk no último volume. O percurso era do bairro Nova Lima até o Centro de Campo Grande.

A pedido do Lado B, Igor colocou axé no percurso. (Foto: Suzana Serviam)
A pedido do Lado B, Igor colocou axé no percurso. (Foto: Suzana Serviam)

Ao ser questionado sobre o estilo de música mais pedido nas corridas, Igor comenta "por incrível que pareça, não é o sertanejo e nem o pagode". Têm passageiros que até comemoram o fato do próprio motorista não colocar esses ritmos assim que chega ao local. Entre as mais solicitadas, estão as evangélicas.

Quando a conversa é invertida, o motorista revela ser bem eclético em seus gostos musicais. Mas a preferência é pelo rock e eletrônica. "Em cada corrida, é um aprendizado diferente. Desde manter os olhos atentos para perceber expressões faciais e reações corporais dos passageiros, até ter sensibilidade para não ser invasivo em sofrimento alheio", resume.

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