“Dedo verde” de Dona Elza transformou ferro velho em jardim
Ao longo dos anos, ela plantou várias árvores frutíferas pelo terreno e pelas redondezas
O terreno onde hoje mora Elza Carvalho, de 65 anos, é repleto de árvores frutíferas. São árvores de limão, manga, jenipapo e até caju. “Pra colher caju, tem que levantar antes dos papagaios e das araras, porque senão, elas comem tudo”, se diverte.
O local antes era um ferro velho. “Tudo cheio de lama. Pra entrar aqui, tinha que entrar com cuidado, devagar, de tanta lama que tinha”, relembra.
Nascida no interior de São Paulo, Dona Elza é descendente de baianos e chegou em Campo Grande quando tinha apenas seis meses de idade. Desde então, já viveu em alguns locais diferentes do Bairro Coronel Antonino e sempre deixando sua marca: plantando árvores frutíferas.
Do outro lado da rua do terreno, é possível ver mangueiras que já têm mais de três metros. “Fui eu quem plantei na época”, afirma. “É que a gente é muito acostumada com a roça. Eu gosto de cuidar”, reforça.
Chegou até de se enganar e acabou plantando uma árvore que até hoje não sabe o que é. “As raízes dela acabaram com o piso lá dentro de casa. Invadiu tudo, minha filha”, relata.
O que incomoda Dona Elza é quando maltratam suas árvores. “Não nego nada a ninguém. Se a pessoa ver, é só pegar. Tem gente que bate com a vara, isso acaba com a árvore. Mas eu tiro com todo cuidado, é só pedir”, detalha.
Dona Elza diz acordar cedo de manhã para limpar todo o terreno. “Eu sempre varro, tento limpar. É claro que não consigo limpar tudo, tudo, mas onde tem matinho, eu estou varrendo. E enquanto Deus vai me dando saúde, vou continuar”, comenta.
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