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Comportamento

“Dedo verde” de Dona Elza transformou ferro velho em jardim

Ao longo dos anos, ela plantou várias árvores frutíferas pelo terreno e pelas redondezas

Bárbara Cavalcanti | 18/12/2021 07:20
Dona Elza exibindo suas árvores. (Foto: Marcos Maluf)
Dona Elza exibindo suas árvores. (Foto: Marcos Maluf)

O terreno onde hoje mora Elza Carvalho, de 65 anos, é repleto de árvores frutíferas. São árvores de limão, manga, jenipapo e até caju. “Pra colher caju, tem que levantar antes dos papagaios e das araras, porque senão, elas comem tudo”, se diverte.

O local antes era um ferro velho. “Tudo cheio de lama. Pra entrar aqui, tinha que entrar com cuidado, devagar, de tanta lama que tinha”, relembra.

Dona Elza sentada no quintal de sua casa. (Foto: Marcos Maluf)
Dona Elza sentada no quintal de sua casa. (Foto: Marcos Maluf)

Nascida no interior de São Paulo, Dona Elza é descendente de baianos e chegou em Campo Grande quando tinha apenas seis meses de idade. Desde então, já viveu em alguns locais diferentes do Bairro Coronel Antonino e sempre deixando sua marca: plantando árvores frutíferas.

Do outro lado da rua do terreno, é possível ver mangueiras que já têm mais de três metros. “Fui eu quem plantei na época”, afirma. “É que a gente é muito acostumada com a roça. Eu gosto de cuidar”, reforça.

Dona Elza tentando colher mangas. (Foto: Marcos Maluf)
Dona Elza tentando colher mangas. (Foto: Marcos Maluf)

Chegou até de se enganar e acabou plantando uma árvore que até hoje não sabe o que é. “As raízes dela acabaram com o piso lá dentro de casa. Invadiu tudo, minha filha”, relata.

O que incomoda Dona Elza é quando maltratam suas árvores. “Não nego nada a ninguém. Se a pessoa ver, é só pegar. Tem gente que bate com a vara, isso acaba com a árvore. Mas eu tiro com todo cuidado, é só pedir”, detalha.

Dona Elza diz acordar cedo de manhã para limpar todo o terreno. “Eu sempre varro, tento limpar. É claro que não consigo limpar tudo, tudo, mas onde tem matinho, eu estou varrendo. E enquanto Deus vai me dando saúde, vou continuar”, comenta.

Algumas das flores do quintal de dona Elza. (Foto: Marcos Maluf)
Algumas das flores do quintal de dona Elza. (Foto: Marcos Maluf)

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