Edson partiu, mas filha ficou para manter legado de 27 anos do bar
Ao lado do marido, Regina cuida do local, que é ponto turístico de moradores
Quem conhece o Bairro Moreninhas na palma da mão, sem dúvidas, já deve ter ouvido falar, visto e, quem sabe, até mesmo tomado uma cerveja gelada no “Bar do Seu Edson”. O estabelecimento de esquina, que funciona há 27 anos, é praticamente um ponto turístico da região e xodó de alguns moradores.
O fundador do bar, Edson Remido Assis, 77 anos, faleceu em março deste ano e agora, é a filha, Regina Silva Assis, que mantém o legado do pai. Ao lado do marido, Maurino Regis, mais conhecido pelo apelido “Prego”, ela mantém a casa em ordem e continua fazendo a alegria dos frequentadores fiéis.
Aberto em fevereiro de 1994, o nome original do lugar é “Lanchonete dos Amigos”, porém ficou popularmente conhecido como “Bar do Seu Edson". Enquanto viveu, o homem esbanjou simpatia, ouviu muito sertanejo na jukebox e torceu fervorosamente para o clube de coração, o Palmeiras.
Localizado no cruzamento das ruas Barueri e Anacas, o bar estava bem movimentado na manhã de ontem (10). Por uns minutos, Regina interrompeu os afazeres e, ao Lado B, contou a história do local e do pai.
A primeira curiosidade que ela conta, é uma invenção com refrigerante que o pai fez há décadas. “Aqui é ponto de encontro dos amigos e tem a famosa coca completa, que meu pai inventou. Aqui nas Moreninhas, sei que foi ele que fez, tem rodelas de limão e gelo”, conta.
Ao falar do pai, Regina mostra no celular uma publicação que fez devido ao aniversário do bairro. “Meu pai era apaixonado por aqui”, enfatiza. No vídeo, com uma foto sorridente de Edson, a mulher publicou. “40 anos de muita história, parabéns Moreninhas. Hoje quero homenagear meu pai, sinto orgulho do bem e de todos os bens valiosos que deixou a tantas pessoas”, escreveu.
Na região, além de ter o bar, Edson trabalhou em outras áreas que também o tornaram ainda mais conhecido. “Meu pai teve várias profissões, ele foi guarda de uma escola há muito tempo atrás e o pessoal colocou o apelido de Guarda Belo”, conta.
Sobre os dias movimentados, Regina conta que quando tem feira na rua, o bar costuma lotar. Mesmo assim, ela revela que o local não voltou a funcionar do mesmo jeito de sempre. “Aqui é a rua da feira, então lota, mas ainda não voltamos a tudo que era, principalmente, o churrasco do final de semana devido à pandemia”, expõe.
Em razão de um AVC e outras questões de saúde, Edson faleceu no dia 26 de março deste ano. Meses depois, ele segue sendo lembrado pelos amigos e conhecidos. “Até hoje, as pessoas que vêm aqui, os jovens, lembram dele, não esquecem, porque ele era muito querido'', ressalta a filha.
Para eternizar a imagem do pai no lugar que amava, Regina pediu para um pintor fazer um mural na lateral da parede. Quem ainda não conhece o lugar, agora, pode encontrar com mais facilidade o endereço e prestigiar a homenagem a ele.
O difícil é achar um que não saiba onde fica o bar, é o que afirma a proprietária. “Como diz o pessoal: Quem não conhece o bar do Seu Edson, não viveu na Moreninhas”, finaliza.
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