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Comportamento

Entrar na pele de “Lollô Sapequinha” salvou Rosangela da depressão

Personagem conversa de maneira descontraída sobre assuntos variados com crianças

Bárbara Cavalcanti | 29/09/2021 09:11
Rosangela caracterizada de "Lollô" em uma apresentação. (Foto: Arquivo Pessoal)
Rosangela caracterizada de "Lollô" em uma apresentação. (Foto: Arquivo Pessoal)

Quando a professora Rosângela Ferreira da Silva enfrentou problemas pessoais, ela sentiu que precisava agir antes que a saúde mental se deteriorasse. Foi então que criou “Lollô Sapequinha” no Tik Tok.

Apesar de personagem colorida, que parece ter saído de histórias de Monteiro Lobato, Lollô conversa sobre vários assuntos mais sérios, mas de forma lúdica, para o público mais jovem, apesar de defender que seu conteúdo é para qualquer idade. “Eu não queria entrar em depressão, queria transformar minha dor em algo bom e a Lollô me salvou”, expressa Rosangela.

Rosangela é pedagoga de formação, com influência de ensinar desde casa, com a mãe pedagoga. Assim, transmitir e educar é o que ela gosta de fazer. De início, ela nem pensava em se caracterizar. A produção que Rosangela investe é bem simples, mas toda colorida. “Eu nem pintava meu rosto, não me caracterizava tanto. Eram só conversas mesmo, paródias, histórias, algo mais descontraído mesmo”, detalha.

Rosangela vestida e maquiada de "Lollô". (Foto: Arquivo Pessoal)
Rosangela vestida e maquiada de "Lollô". (Foto: Arquivo Pessoal)

A personagem conversa de maneira descontraída com as crianças como que compartilhando histórias do dia a dia, falando sobre assuntos como padrões de beleza e saúde mental, mas de forma tranquila, lúdica e divertida. A Lollô também deixa frases motivacionais, recados engraçados e até canta de vez em quando. Tudo em tom positivo.

O nome “Lollô” é um apelido ao bairro Los Angeles, onde Rosangela mora. E a descrição de sapequinha é sinônimo dela ser dinâmica e extrovertida. “Eu sou uma pessoa extremamente tímida, quase desmaiei na apresentação do TCC. E a Lollô não, ela não tem esse problema. Ela é alegre, dinâmica e, nesse sentido, sapequinha”, comenta.

Na própria plataforma, a quantidade de seguidores ainda não chega à casa dos 1 mil, mas as proporções que a Lollô já tomou, foram além do que Rosangela poderia imaginar.

“Não era nem meu foco de início, mas eu comecei a ser convidada para eventos presenciais e educativos. Já fiz contação de histórias em alguns eventos e lugares. Já participei na Praça Bolívia e em outras feiras. Tudo de forma voluntária mesmo, porque de início, eu nem imaginava que isso aconteceria”, expressa.

Rosangela também enfatiza que o foco nunca foi ficar famosa nas redes sociais ou tornar o projeto em algo lucrativo. Até mesmo poder fazer parte de ações presenciais é algo agradável, mas, ainda assim, fora do esperado. Contudo, agora também há um objetivo, que é poder criar um projeto de combate bullying nas escolas.

“É um sonho que eu tenho desde quando eu me formei, de poder criar um projeto assim. Isso é um assunto muito importante, porque bullying leva à depressão e até ao suicídio, em alguns casos. Com essa proporção que a Lollô está tomando, eu queria muito poder usar esse personagem para um projeto assim”, declara.

E ainda expressa a gratidão por ter conseguido, no final das contas, não sucumbir aos pensamentos negativos. “Tudo isso surgiu pra me salvar. E se eu puder transformar a vida de alguém, já fico feliz. Pra mim, o importante é isso, me salvar salvando outras pessoas”, afirma.

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