Folião cai em teste do bafômetro e jura que não vai embora dirigindo
Todos os entrevistados beberam, porém todos afirmaram que não estavam dirigindo
Fazer teste de bafômetro é uma daquelas coisas que sempre vemos na TV ou na internet, mas que nunca acontece com a gente mesmo, no máximo com alguém próximo. Pelo menos era essa a ideia que os personagens dessa matéria tinham até então. Mas o folião não contava com a astúcia do Lado B, que levou um teste de bafômetro descartável para ver como estava a bebedeira da galera na folia já no início da noite dessa segunda-feira, durante o bloco Capivara Blasé na Esplanada Ferroviária.
Pedimos, gentilmente, para que algumas pessoas do bloquinho assoprarem um teste rápido de alcoolemia. O teste consiste em encher um saquinho de ar e depois soltar o ar fazendo com que ele passe por um filtro onde uma substância reage ao ar armazenado da pessoa que faz o teste.
Por volta das 18h, o empresário Denis Garcia estava em sua primeira latinha de cerveja quando o abordamos. No início da festa ainda, o teste de Denis não apontou grau algum de alcoolismo. Denis sabia que tudo foi resultado do momento em que aplicamos o teste, mas admitiu que era só o começo, e que iria beber mais.
O foco do Lado B era saber se folião tem consciência quando o assunto é álcool e direção. Lembrando que o condutor que for flagrado com qualquer concentração de álcool no sangue ou com sinais visíveis de embriaguez será punido com multa de R$2.934,70, suspensão do direito de dirigir por 12 meses, perda da carteira de motorista e retenção do veículo. Se estiver muito bêbado (níveis acima de 0,34 mg/l), vai preso e só será liberado após pagar a fiança arbitrada pelo delegado de plantão.
Não acompanhamos os entrevistados até a saída, mas todos com quem conversamos, e que estavam bebendo, informaram que iriam embora com motorista de aplicativo ou de carona, mas sem dirigir.
Como é o caso do jovem Jonatas Ribeiro de 19 anos. Depois de assoprar nosso teste, já apontou que estava com grau de alcoolemia considerável. Nenhum problema para ele que diz que chegou e vai embora com motorista de aplicativo. “Beber e dirigir é algo que nunca faço, principalmente nesse período de Carnaval”.
A estudante Andrea Dias já estava no rolê há um tempo e titubeou para fazer teste. Decidiu fazê-lo porque, assim como Jonatas, não estava dirigindo.
“Já é meu segundo dia aqui no Carnaval e não estou vindo com meu carro, só com aplicativo”. Ahh, o teste dela deu positivo. Indiferente naquele momento, Andrea continuou tomando sua latinha feliz da vida.
O Carnaval na Esplanada tem sido palco de alguns problemas envolvendo menores de idade e bebidas alcoólicas. Na noite de domingo, uma criança de 12 anos chegou a ser atendida em coma alcoólico. Vale sempre, então, reforçar que a venda de bebidas para menores é proibida.
A estudante Juliana Campos foi mais uma vítima da patrulha do Lado B. bebendo desde antes do horário oficial do bloquinho, o teste de Juliana foi um dos que apontou de forma mais rápida o grau de alcoolemia. Algo que ela também tirou de letra, pois disse que iria embora de carona com a mãe de uma amigo.
Em todos os teste aplicado foi possível notar um certo grau de teor alcoólico nos entrevistados, mas foi interessante perceber quão responsáveis, pelo menos no discurso, estão os foliões de Campo Grande, pois em nenhuma das entrevistas conversamos com alguém que, pelos admitiu, que iria beber e dirigir.
Na manhã de hoje, pegamos os dados com a BPMTran e o Detran que realizaram blitz (de verdade) na Avenida Gury Marques, nesta madrugada. O saldo foi de 53 motoristas surpreendidos dirigindo alcoolizados. Desde sexta-feira este número soma 183 condutores, destes 20 foram presos em flagrante.
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