Galinha Érika dormia na cama com Débora, mas foi assassinada
Servidora pública conviveu com a amiga de penas por cinco anos, até ela morrer de um jeito traumático
Depois de criar a galinha Érica com todo cuidado, levar no veterinário e até dormir com a ave na cama, a servidora pública Débora Albuquerque, de 22 anos, perdeu a amiga de 5 anos de um jeito traumático. “Ela apareceu estrangulada em casa, fiquei triste demais. Ela era uma das coisas mais importantes da minha vida”, resume.
No mínimo peculiar, a história de Débora com Érica parece até difícil de acreditar no começo. Melhores amigas, a servidora pública e a galinha não se desgrudaram durante o tempo que passaram sob o mesmo teto e até viagens as duas fizeram juntas.
Explicando sobre como a relação começou, Débora explica que a galinha apareceu no teto de sua casa e, depois de descer para os fundos, não saiu mais de lá. “Ela era pequena e achei até que fosse um pombo quando escutei o barulho no telhado, nem liguei. Depois ela desceu, ficou por lá e a gente foi criando”, conta.
Atualmente vivendo no bairro São Jorge da Lagoa, ela detalha que já viveu por muito tempo na área rural e o amor por bichos surgiu lá. “Eu sei como eles são, mas a Cocó era diferente. Ela era tratada igual parte da minha família mesmo, amo ela até hoje”, diz Débora.
De ficar na frente do ventilador até passear no carro, a galinha fazia de tudo com a dona e até os filhotes de Érica entraram para a família. Conforme Débora conta, cada pintinho que nascia foi sendo acolhido e até hoje continuam na casa.
Depois dos cinco anos de tranquilidade e diversão com a galinha, os problemas começaram a aparecer até que o fim trágico chegou. Tudo começou com uma doença e vários tratamentos que Cocó precisou fazer, como a tutora relata.
“Eu nem sabia que veterinário atendia galinha, mas fui atrás, gastei R$ 600. Ela fez vários exames, lavagem no estômago, raio-X e ficou internada por 1 semana. Fizemos o tratamento e ela sobreviveu, mas ficou com sequelas”, explica a servidora pública.
Ainda em período de recuperação, Cocó foi levada para casa e, apesar de dificuldade na respiração devido a uma doença aviária, continuou dividindo os dias com Débora. Mais tranquila, Débora conta que voltou a ficar feliz devido à melhora da companheira, até que um dia chegou em casa e encontrou a Érica morta.
“Ela apareceu estrangulada, era uma das coisas mais importantes da minha vida. Me senti tão mal, não queria mais criar galinha e até mandei dois galos para o sítio e só deixei dois filhotes dela, a Juninha e a Florentina”, diz.
Ainda sem provas suficientes para saber quem foi o responsável pela morte, Débora detalha que sente falta de Érica até hoje. “Agora continuo cuidando das que ficaram aqui, mas é uma tristeza enorme. Muita gente achava estranho eu cuidar de galinha, mas a Cocó era minha parceira mesmo”, completa.
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