Grávida em moto anda com placa nas costas como apelo aos apressadinhos
Como precisa ir para o trabalho de moto, já passou por vários riscos no trânsito e resolveu se precaver
No 8º mês de gestação, Luana Bigas faz qualquer negócio para garantir segurança ao bebê. Inclusive, andar na garupa da moto do esposo com uma placa nas costas, deixando evidente o seu estado: "Cuidado, estou grávida e preciso trabalhar. Muito obrigada, Mamãe do Oliver Agradece".
Em Três Lagoas, não tem quem passe sem comentar o apelo da grávida que tem motivos de sobra para o medo. Em entrevista ao site Perfil News, ela contou que, no início da gestação, teve um pequeno descolamento de placenta e foi proibida de andar de moto. "Passado o tempo de risco, fiquei por um mês andando de Uber até o lugar aonde trabalho, mas foi ficando muito caro para nós. Então, decidimos voltar para a moto, porém com todo cuidado possível, passar devagar em lombadas e buracos", conta.
O problema é que os motoristas parecem nem ligar para uma gestante na garupa de uma moto. "Os motoristas ao redor não respeitavam, nos acelerando, passando ao nosso lado e, muitas vezes, até falando coisas para nos ofender. Então, achei melhor me precaver, carregando esse cartaz em minha costa”, justifica.
A ideia não foi totalmente original, a inspiração veio da internet e, no começo, a primeira sensação foi de vergonha. “Uma moça que fez um recado parecido. Me inspirei no dela e fiz também. De início, riram de mim, aí parei de usar e quase sofremos acidente. Então, voltei a usar”.
Mas nem assim deu resultado. "Dia desses, quando ele (marido) foi passar pela valeta, diminuiu a velocidade para não causar impacto. Então, veio um ‘ser’ e simplesmente foi se enfiando com o carro do nosso lado nos obrigando a quase subir na calçada! E sabe o que ele gritou? 'Estão andando muito devagar!'”
Mesmo assim, a mãe de Oliver não desiste de educar os motoristas de Três Lagoas, fazendo o que for necessário. “Agora, eu vou colocar essa placa até na testa se precisar. Apesar que poucos respeitam, assim como não respeitam o trânsito, mas nem todos tem a opção de ficar em casa. Tenham mais empatia!”, manda o recado.