Já eleita dona do melhor sobá, Kimie ganha homenagem “quase viva”
Totem diverte quem vê, reconhece contribuição da homenageada e ainda divulga soki sobá
Quem não olhar de perto não vai perceber que é um totem. Bem realista, ele homenageia quem já foi eleita dona do melhor sobá e lidera um grupo tradicional da comunidade japonesa na Associação Okinawa de Campo Grande.
A ideia diverte muita gente que o vê nos eventos que a associação realiza ou participa. No último Festival do Japão na Capital, por exemplo, o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, adorou. Posou até ao lado da homenagem e da homenageada para uma foto.
Ela é Kimie Guenka, campo-grandense de 79 anos e descendente de japoneses de Okinawa. Está viva e muito ativa, trabalhando na empresa de massa caseira que mantém com o filho. Além disso, gerencia voluntariamente o fujinkai (grupo de senhoras, na tradução para o português) da associação.
Com costelinha de porco - A proposta foi de um dos membros da Okinawa, Lucas Miyahira, e a foto foi feita pelo fotógrafo Henrique Arakaki. Ao mesmo tempo que faz homenagem, o totem serve para divulgar uma versão mais simples do sobá da ilha japonesa, que se chama soki sobá e é feito com costelinha de porco. Ele pensou: ninguém melhor para isso que a dona Kimie.
"Ela é um dos baluartes da nossa associação. São muitos anos se dedicando à culinária de Okinawa e à preservação desses costumes. Sem falar que é uma voluntária muito dedicada ao departamento feminino", justifica Miyahira.
É esse mesmo sobá que Kimie segura nas mãos, na foto que serviu para fazer o totem, no ano passado. "Deu tão certo que, até hoje, todos os eventos culinários e promoções que fazemos na associação, usamos a imagem da Dona Kimie. Deixamos ali próximo da cozinha e chama a atenção de todos que passam", finaliza o membro.
O presidente da Associação Okinawa, Marcel Arakaki, confirma a importância da figura para a comunidade. "Ocupa um cargo muito trabalhoso há 10 anos. É uma pessoa que todo mundo gosta muito e desempenha suas funções com dedicação", diz.
Humilde - A produção do totem teve autorização da líder do fujinkai. Ao comentar com o Lado B o que achou da homenagem, ela reage com humildade.
"Acho que não precisa dessas coisas, mas agradeço a todos e a Deus", fala.
Com lucidez, ela conta que aprendeu a fazer sobá com a mãe. É sua especialidade desde 1991, há 32 anos. O reconhecimento do como "melhor sobá de Campo Grande" foi dado a ela em concurso realizado pela Feira Central da Capital.
Atualmente, a dona Kimie trabalha em casa, apenas fazendo massa fresca para venda. Seu tempero especial pode ser provado nos eventos da Associação Okinawa, quando ela chefia a cozinha de onde saem vários pratos tradicionais.
Matéria editada para corrigir a origem dos antepassados de Kimie.
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