Muita gente depende dos avós, seja nas férias ou o ano inteiro
São elas que, garantem tranquilidade para mãe trabalhar ou assumem a guarda e bancam casa com aposentadoria
Achei que ia morrer sem ser avó”. A fala é uma confissão honesta e emocionada feita por Creuza de Lima, de 60 anos.
A mulher achou que nunca realizaria o sonho de segurar um neto nos braços. A vontade não é exclusiva dela, muitas mulheres também almejam netinhos.
No dia dos avós, comemorado nesta quarta-feira (26), o protagonismo das mulheres na criação das crianças acaba sendo evidenciada. Isso porque são elas que, muitas vezes, são a rede de apoio da mãe, as que cuidam dos netos como filhos e assumem até os papéis que não lhes cabem, mas que, por amor, fazem sem pensar duas vezes.
Creuza é um exemplo vívido disso. A auxiliar de produção pegou covid-19 em 2020 e precisou ser intubada duas vezes. Os médicos acharam que a mulher não aguentaria. O tempo passou e ela se recuperou. Há seis meses, ela realizou o sonho com a pequena Beatriz e ganhou o tão esperado título de avó.
A menina é cuidada pela mãe, mas Creuza participa ativamente da criação. Após a licença à maternidade, ela ficará responsável pela bebê para que a nora volte a trabalhar. Ela será a rede de apoio. Mãe de três filhos, (44, 35 e 26), ela conta que a novidade veio de onde menos esperava. “Era mais que um sonho, era um desejo de ser avó, mas já estava desesperançosa quando o meu filho mais novo me trouxe a notícia que ia ser pai”, conta.
Por falta de ser avó de um, Izabel Cristina Bezerra, de 58 anos, é de seis netos e um bisneto. Os primeiros foram cuidados como filhos. Hoje, o neto primogênito tem 22 anos e chama a avó de mãe. Quando ele tinha dois anos e meio, a filha engravidou novamente, dessa vez de uma menina.
“O menino é minha vida. Eu cuido de todos os netos. Sofia é minha bisneta. No papel, eu sou bisavó, mas no coração ela me chama de vó”.
Shirley Leni de Goés, de 58 anos, é avó de dois netos. A primeira gestação da filha foi vivida de pertinho. Já a segunda, à distância, porque ela se mudou com o marido para São Paulo. “Eu acompanhei a gestação toda, cuidei dela desde o primeiro dia de vida na barriga até hoje, acompanhei o parto também. A última não consegui acompanhar presencialmente, mas graças à tecnologia eu sempre estive perto do meu neto”.
Com o casal de volta à capital sul-mato-grossense, é Shirley quem cuida das crianças e se recusa a deixar o mais novo na creche. “Eu não queria que ela ficasse com uma babá, não tenho coragem de deixar eles com uma pessoa estranha. Falei que vou cuidar até uns 2 anos e meio. Foi uma decisão minha cuidar dos dois”, diz.
A dona de casa cuida do neto de 6 anos, que vai para escola, e o mais novo de 1 ano e meio durante seis dias da semana. Os pais trabalham o dia todo. Agora, o sonho de Shirley é ter uma neta.
Vlademir Pereira dos Santos, de 34 anos, pai das crianças ressalta que a participação da avó na criação dos filhos é um alívio. “O apoio dos avós é a melhor coisa que existe. É um alívio muito grande porque a gente consegue trabalhar com a cabeça vazia, sem preocupação”.
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