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Comportamento

Na era da divergência, casal viraliza ao assumir namoro mesmo em lados opostos

Eles dizem que o segredo é evitar discutir o tema, e entender que é preciso ter respeito antes de tudo

Thaís Pimenta | 18/09/2018 07:44
A postagem rendeu mais de 6,2 mil compartilhamentos no Facebook e 445 reposts no Twitter. (Foto: Reprodução)
A postagem rendeu mais de 6,2 mil compartilhamentos no Facebook e 445 reposts no Twitter. (Foto: Reprodução)

Um relacionamento que sobrevive até as divergências políticas é coisa rara nos dias atuais. Ygor Vieria e Bruna Maciel descobriram isso quando postaram uma atualização do relacionamento em que ele aparece com a máscara na foto do Facebook de "Força Bolsonaro" e ela com a "Mulheres contra Bolsonaro".

O relacionamento já dura 9 meses e os dois são jovens, tem 22 anos. Mesmo assim, o posicionamento político é explícito, firme e oposto. "Eu sou eleitor do Bolsonaro. Ela ainda diz que não tem certeza em quem vai votar, mas que sabe que, com certeza, não será ele", comenta Ygor. 

A postagem conta com mais de 1.120 comentários e 6,2 mil compartilhamentos. A atualização foi postada justamente para mostrar que em tempo de extremismo é possível continuar amando uma pessoa que vota diferente de você.

Ygor e Bruna namoram desde dezembro. (foto: Acervo Pessoal)
Ygor e Bruna namoram desde dezembro. (foto: Acervo Pessoal)

"Na minha timelime eu via muitos amigos brigando e terminando amizades por política. E nós, independente de nossas posições, estamos juntos", completa o namorado.

A postagem que deveria atingir apenas os amigos do casal acabou viralizando no País todo, e tem gente do Paraná, de São Paulo, do Distrito Federal, Rio de Janeiro e até de Goiânia comentando e compartilhando o ato de amor.

No Twitter, a atualização foi parar, na página Prints da Depressão e por lá conta já tem 1,2 mil likes e 445 reposts.

Bruna diz que quando começou a namorar Ygor eles não discutiam sobre política, "até porque era dezembro e se falava pouco sobre essa eleição", conta. Ela descobriu quando já estava com ele, mesmo sendo totalmente contra algumas coisas desse "candidato X", como nomeia o presidenciável do PSC.

"Mas eu não ia perder meu tempo discutindo tentando convencer uma pessoa a mudar de opinião, principalmente política. Confesso que não gostei muito da ideia, mas me surpreendeu pelo fato dele não ser igual a maioria dos eleitores homens do Bolsonaro", completa ela.

Eles não esperavam tamanha repercussão e têm tentado levar numa boa a exposição. "Obviamente tem umas pessoas desagradáveis, que nem te conhecem e já se acham no direito de falar alguma coisa, criticar", dizem.

Juntos, eles evitam tocar no assunto para evitar discussões desnecessárias. E os dois consideram que dão certo por serem neutros. "Quando falo a alguém pró-bolsonaro que sou contra, já começam a tentar me induzir a mudança de voto como se eu tivesse fazendo algo errado. Somos diferentes nesse sentido", finaliza Bruna.

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