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Comportamento

Na hora da esteira, vale até rezar o terço para vencer o aeróbico

Católica, Isa Amélia foi quem levou o 1º terço para academia e desde então outros alunos continuaram a ideia

Aletheya Alves | 30/06/2022 06:57
Terços são disponibilizados em esteiras de academia no Chácara Cachoeira. (Foto: Marcos Maluf)
Terços são disponibilizados em esteiras de academia no Chácara Cachoeira. (Foto: Marcos Maluf)

Há 20 anos, a educadora física Isa Amélia Sá e Silva de Azambuja levou um terço para sua academia pensando que a fé poderia ajudar até na hora de vencer o aeróbico. Desde então, outros alunos adotaram a ideia e, agora, vários terços estão espalhados pelas esteiras e a proprietária garante que muita gente também reza para persistir na academia.

“É uma prática minha. Eu tenho minha fé em todos os momentos, acredito nesse manto protetor e que a fé faz toda diferença”, Isa explica. Católica desde pequena, a proprietária de academia no bairro Chácara Cachoeira narra que longe de ser brincadeira, os terços espalhados pelos aparelhos de aeróbico foram adotados por outras pessoas que levam a religião tão a sério quanto ela.

Acostumada a rezar o terço, Isa explica que o primeiro terço foi levado para uso próprio. “É difícil passar o aeróbico, sou bem inquieta e para passar os exercícios eu falava “Ave Maria cheia de graça…” e continua rezando. Então peguei um terço que tinha na minha bolsa e trouxe para a academia por isso e deixei aqui”, diz.

Depois, algumas alunas começaram a perguntar se o terço poderia ser usado e se outras unidades seriam bem-vindas.

Achei muito interessante porque as pessoas realmente usam. Tenho uma prima que fala que o aeróbico passa rápido porque ela vai rezando e, conforme os terços vão estragando, nós trocamos, diz Isa.

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Além do uso na academia, a educadora explica que algumas pessoas já até levaram embora alguns terços. Sem ficar chateada, ela conta que ao invés de ver a situação como um furto, tenta pensar que a pessoa quis ter um terço para si, então continua sendo algo interessante.

Já sobre sua vida pessoal, Isa também relata que a presença dos terços se tornou algo que vai além do aeróbico. Ainda se recuperando do luto, a educadora física perdeu o marido, Arlindo Namour e um irmão há menos de um ano.

Isa conta que a fé presente no ambiente de trabalho também tem ajudado na sua vida pessoal. (Foto: Marcos Maluf)
Isa conta que a fé presente no ambiente de trabalho também tem ajudado na sua vida pessoal. (Foto: Marcos Maluf)

“Perdi meu marido de covid e, se não fosse a fé, não teria continuado. Dois meses depois, perdi meu irmão. Muita gente diz que estou muito bem, mas estou me recuperando ainda. Então sei que Nossa Senhora me cobre com seu manto, assim continuo”, diz Isa.

Apesar das perdas, a educadora conta que por pensar na fé e no apoio da família, a Academia Penélope ainda tem muita história para ser contada. Relembrando que tudo começou no quintal de casa, Isa diz que sua parceria com Vânia, sua irmã, é mais do que importante.

“Eu falo que a academia já existe há 50 anos porque ela começou comigo dando aula nos fundos de casa, outras pessoas falam que existe há menos tempo porque não estava registrada. Comecei sozinha, mas depois minha irmã veio junto também e somos sócias até hoje”, completa.

Vânia e Isa são sócias da Academia Penélope até hoje. (Foto: Marcos Maluf)
Vânia e Isa são sócias da Academia Penélope até hoje. (Foto: Marcos Maluf)

Reforçando que ama a profissão até hoje, Isa resume que teve de passar por altos e baixos, mas que a alegria em continuar com a academia é grande. Ainda mais com a fé andando sempre ao lado.

Para matar a curiosidade e conhecer a academia com terços, a Penélope Academia fica localizada na  Rua Oceano Atlântico, 392, Chácara Cachoeira.

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