Na onda da semana maluca, quem enlouquece são as mães
De cabelo maluco a mochila maluca, é preciso muita criatividade para inovar nas atividades do Dia das Crianças
De cabelo maluco à mochila maluca, quem acompanha as redes sociais já deve ter se deparado com vídeos de crianças exibindo penteados elaborados e coloridos para ir à escola. A brincadeira chegou às instituições de ensino de Campo Grande e colocou as mães para explorar a criatividade na hora de ajudar os pequenos.
A semana dos alunos da escola Taiyô, no Monte Castelo, foi bastante agitada. As crianças tiveram contação de histórias, banho de mangueira e mochila maluca, para a surpresa da marketeira e influenciadora Alice Weiler Rodrigues, de 25 anos. “Eu já vi cabelo maluco, mas mochila maluca foi a primeira vez”, expressou.
Ela confessa que, ao ver o tema da brincadeira, não fazia ideia do que fazer e até chegou a buscar inspiração em vídeos no Instagram e no TikTok. Duas horas antes de levar o filho para a escola, teve a ideia de fazer uma mochila de árvore de Natal.
“Conversando com minha mãe, já desesperada porque não conseguia pensar em nada, ela sugeriu fazer uma árvore de Natal. Pegamos a árvore guardada, coloquei na mochila, fiz uma gambiarra, juntei as bolinhas, e saiu uma ‘mochila natalina’. Essa, pelo menos, eu ainda não tinha visto em nenhum lugar”, comentou Alice.
A semana maluca é das crianças, mas quem acaba enlouquecendo são as mães. Alice destaca que foi uma correria para fazer tudo dar certo. “Hoje mesmo teve banho de mangueira e eu precisava levar toalha e protetor, mas esqueci. Sorte que ele já tinha uma toalha na escola, mas a mãe fica doida tentando lembrar de tudo”, relatou.
Apesar da correria, o esforço para ver o sorriso de alegria no rosto do filho valeu a pena, especialmente porque os dois desfrutaram de um momento de qualidade juntos enquanto montavam a mochila. Ravi ficou encantado com o resultado.
“Fiz tudo sozinha, usando os materiais que minha mãe tinha em casa, e no final o Ravi ajudou a colocar as bolas de Natal. Após toda a loucura, foi super divertido, e ele até ganhou a competição de melhor mochila. Valeu a pena o esforço”, comentou.
Já acostumada com a programação, a fotógrafa esportiva Jéssica Kawaminami, de 29 anos, conta que se preparou com antecedência, pois a escola promove atividades diferentes todos os anos na semana das crianças.
A filha, Natalie, de quatro anos, escolheu o girassol como tema para o cabelo maluco. Segundo Jéssica, a filha se identifica muito com essa flor, e todos os acessórios, desde o pompom para o coque até as abelhas de E.V.A., foram confeccionados por ela.
“Minha filha amou esse momento, pude registrar várias fotinhas de recordação. Pra mim o que é importante é aproveitar o momento com a criança, mesmo que seja simples, uma tinta no cabelo ou algo elaborado, o que importa é participar deste momento, já que ficaram na memória”, expressa.
A vendedora Gabriela de Almeida Falcão, de 27 anos, tirou um tempo dos afazeres e compromissos com o trabalho para entrar na brincadeira junto com o filho, Daniel, de cinco anos. Ele estuda na Escola Municipal Professor Wilson Taveira Rosalino, que aderiu ao ‘cabelo maluco’ como uma das atividades em alusão ao Dia das Crianças, comemorado no próximo sábado.
Para deixar Daniel com o visual radical, os dois utilizaram tinta temporária e glitter. Gabriela explica que o filho ainda não desenvolveu 100% da fala e comunicação, mas graças à terapia e fono, e claro, do carinho e atenção dos colegas de sala e professores, conseguiu aprender sobre as cores.
“Na hora de escolher o que ele queria no cabelo, não pensou duas vezes em falar 'osso mamãe' (roxo). Foi uma diversão para ele escolher como queria o cabelo e, para mim, ajudar na execução”.
Mesmo trabalhando bastante e enfrentando a correria do dia, ainda mais sendo mãe solo, Gabriela destaca que fez questão de participar desse momento com o filho,
“O mundo e as coisas já estão tão difíceis, então quando surge algo assim, é maravilhoso sair da rotina e criar um pouco de memória afetiva neles. Mesmo com as atividades mais simples, ele se divertiu bastante. Acho que, para eles, o que importa é sair um pouco da rotina e ter a chance de brincar de uma forma diferente”.
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