Na vizinhança do Carandá Bosque, as corujas têm casa própria e de alvenaria
As casinhas são curiosas, de alvenaria, a morada de corujas há anos. Não tem como passar e não ficar de olho até uma delas aparecer no cruzamento das avenidas Santa Luzia e Aracruz, no Carandá Bosque III, ou na Praça Augusto Campos Braga, entre a rua Vitório Zeola e rua Preciosa, no mesmo bairro.
Feitas de tijolos, com telhado, reboco e pintura, elas já fazem parte da paisagem e as corujas da vizinhança. Saíram até no jornal do bairro.
A massoterapeuta Graça Torres sempre passa pelo local, e nesta semana resolveu parar e fazer fotos das corujas que estavam ao lado da casa. “Eu passo aqui todo dia e elas são muito mansinhas. Resolvi tirar foto para mostrar para um tia de São Paulo, ela não acredita que aqui a gente encontra bichos assim na rua. Elas são lindas, não são?”, comenta a senhora de 63 anos.
As construções são antigas. Quando Maria Carolina Barbosa, de 50 anos, mudou-se para o bairro, elas já estavam ali, como "cuidadoras da vizinhança".
“Qualquer barulho estranho elas avisam. E de tardinha, de vez enquanto, elas ficam no muro só observando a gente”, conta a moradora.
Perto dali, na pracinha do bairro, duas casinhas também são o abrigo de corujas. Uma já está até um pouco depredada, sem telhado. Carlos Alberto Gondim, de 58 anos, mora na casa que fica em frente a praça há 13 anos.
Ele conta que as casinhas foram construídas em 2006, junto com a praça, por uma sugestão dele.
“Eu vi essas casinhas lá na saída para São Paulo, ai perguntei para o pessoal (da prefeitura) se eles não poderiam fazer a casa para as corujas, já que era tão simples. Lembro que eles falaram que iriam perguntar para o chefe, quando terminaram a praça, as casinhas já estavam ai”, relembra.
Ele e a esposa, Eunice Gondim, de 58 anos, contam que as corujas já fazem parte do cenário e não incomodam ninguém, pelo contrario, como são predadoras naturais de ratos e certos insetos, acabam ajudando no controle.
“Elas são tranquilas, não incomodam ninguém! Essa gurizada que incomoda elas. Quando a gente vê, fala para deixar os bichinhos em paz, mas sabe como é molecada”, comenta.