Nas Moreninhas, Ana preencheu a casa com jardim “digno de revista”
Há 10 anos, aposentada dedica tempo ao espaço cheio de samambaias, rosas do deserto e orquídeas
Rosas do deserto, samambaias, orquídeas, cactos, coqueiro e uma parreira de uvas decoram a casa de Ana Cristina de Souza, 58 anos. No Bairro Moreninhas, a professora criou um jardim digno de estar em páginas de revista de paisagismo.
Sozinha, ela usou e abusou da criatividade para embelezar o espaço com diversas espécies de flores. Por não gostar de ambientes fechados, ela trouxe a madeira para formar o pergolado que permite a entrada da luz natural na residência e ajuda no desenvolvimento das plantas.
Nos últimos dez anos, Ana dedica tempo ao jardim que constantemente é transformado. “Eu tinha curiosidade, eu mexo muito, faço assim, daqui a pouco enjoo e mudo de novo. Muitas vezes mudo a posição”, explica.
Compradas, encontradas na rua ou dadas como presentes, as flores têm diferentes origens, mas o mesmo destino. Sem favoritismo, a aposentada gosta de qualquer espécie de planta. O jardim deixa isso evidente, pois são 15 variedades de orquídeas, mais de 50 samambaias, rosas do deserto, brinco de ouro, costela-de-adão, primavera, antúrio, flor da fortuna, camedorea-elegante e outras tantas.
Elas estão espalhadas em vasos no chão, penduradas no pergolado, parede ou em paletes próximo a parreira de uva, que recebe uma luz especial no final do dia. O jardim, conforme a moradora, desperta atenção em quem passa na rua. “À noite, a gente joga luz, eu tenho a luz verde e as pessoas param e perguntam se estou vendendo”, conta.
Outro detalhe que confere um toque a mais ao espaço são os objetos que Ana distribui entre os vasos. Miniestátuas de sapos em diferentes posições, cogumelos, tartaruga, jacaré, arara, tucano, joaninha e a Branca de Neve e os Sete Anões são responsáveis por deixar o jardim divertido e cheio de criatividade.
Antes de ganhar um lugar entre as plantas, a personagem da Disney era usada como material educativo nas salas de aula. “Eu levava para a escola para contar história antes de me aposentar”, afirma. A aposentadoria veio após 30 anos de atuação como professora das séries iniciais.
Por sempre ter gostado de plantas, Ana é quem fica responsável pelos arranjos da Igreja Matriz Paróquia Nossa Senhora Aparecida das Moreninhas, onde está desde os 11 anos de idade. Hoje, ela divide a rotina entre a casa e as atividades na comunidade. Sempre que pode, Ana dedica tempo e cuidados ao jardim.
Em relação ao jardim, a aposentada comenta que ainda tem planos de mudar e trazer mais elementos para o ambiente de forma que o mesmo fique confortável para receber as visitas.
“Eu quero organizar ele melhor, porque lá onde estão aqueles vasos grandes eram bancos. O pessoal vinha muito pra casa e gostava de ficar ali e eu tirei. Eu preciso fazer mais umas duas namoradeiras dessa pra poder esparramar”, fala.
Moradora do bairro há 42 anos, ela saiu do Bairro Guanandi com a família para viver no lugar que gosta e não quis deixar por nenhum outro. “Quando mudamos, foi a primeira semana que abriu a vila. Eu estudei, me formei, trabalhei e aposentei tudo aqui”, destaca.
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