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Comportamento

Neiva encontrou na desidratação de flores a paz da aposentadoria

Com produção intimista, ex-auditora fiscal se diverte na confecção de arranjos

Por Natália Olliver | 09/09/2024 06:52
 Neiva coletando flores para desidratar e fazer arranjos (Foto: Arquivo pessoal)
 Neiva coletando flores para desidratar e fazer arranjos (Foto: Arquivo pessoal)

Neiva Luiza Bamberg Kaspary deu adeus à vida corrida para aproveitar a aposentadoria desidratando flores. Com 54 anos, a ex-auditora fiscal encontrou no que já era um hobby, uma oportunidade de levar alegria e cores para casa das pessoas. A produção não é feita em larga escala. Para ela, a essência da atividade é fazer apenas o necessário para se divertir e deixar que a experiência seja acessível, mas de maneira intimista.

“Estou nesse fascínio, que é uma paixão minha há uns 10 anos. Me aposentei há quatro meses. Já trabalhei anos e agora só quero curtir a vida e fazer coisas gostosas. Trabalho me divertindo. Antes só fazia para dar de presente para os amigos. Estou vivendo a minha vida aposentada dessa forma maravilhosa, estou estasiada”.

Depois que Neiva se aposentou, a ideia de mostrar o trabalho que fazia para os amigos ganhou corpo. A primeira exposição dos arranjos feita por ela aconteceu em um salão de beleza, em seguida nas feiras da Capital, onde segue até hoje.

Ex-auditora fiscal durante colheita de capim para compor os arranjos de flores (Foto: Arquivo pessoal)
Ex-auditora fiscal durante colheita de capim para compor os arranjos de flores (Foto: Arquivo pessoal)

“Teve uma adesão muito boa, tem pessoas que me procuram para fazer produções em larga escala, mas acho que perde a essência do que eu faço. Não é um modo de ganhar dinheiro, porque isso já ganhei. Eu já tenho meu sustento, isso é um hobby, um prazer e satisfação. Estou tão feliz trabalhando dentro da minha vontade e possibilidade. A ideia é que todos possam levar os arranjos para casa”.

Neiva realiza o trabalho sozinha e explica que faz todos os processos, desde colher a flor até onde elas são postas. Sem quantidade certa, o que ela produz e gosta é levado para ser comercializado. O hábito de colher as flores é antigo e uma tarefa prazerosa para a aposentada.

“Todos os meus colegas que conviveram comigo sabem que eu sempre gostei de plantas e sempre fiz experiências para desidratar e fazer arranjos. Já trouxe plantas até da Europa enfiadas dentro da mala. Minha filha mora lá, é professora em uma universidade da França. Toda vez trago alguma planta ‘escondida’. Tenho de vários lugares do país, mas principalmente do Sul do Brasil”.

Árvore desidratada, ficou na sala da aposentada por um tempo (Foto: Arquivo pessoal)
Árvore desidratada, ficou na sala da aposentada por um tempo (Foto: Arquivo pessoal)

Sobre momentos divertidos que a paixão pela flores proporcionou, ela conta que virou aquela criança que escuta, "na volta a gente pega" e que ri disso junto com a família.

"Não compro nada desidratado em loja. Todas são colhidas por mim, grande parte são capim. Eu colho as plantas em todos os lugares que vou. Uma coisa engraçadinha que acontece é que normalmente a gente viaja de carro e eu sempre falo “para, para, para que eu vi um negócio.  E meu marido fala que 'na volta a gente pega'. Toda vez ele fala isso, virou um jargão".

Desidratação - Ela ressalta que em 90% dos casos deixa as flores secarem naturalmente e que cada planta tem um tempo único. Neiva destaca que apesar das plantas desidratadas terem vida longa, elas também são sensíveis e exigem cuidados específicos, como não ficar sob incidência de luz solar ou corrente de vento.

“Eu falo porque fui tendo a experiência com o tempo, para aplicar fixador de cabelo de dois em dois meses, porque além de evitar a queda de penugem e grãos, por ser um produto artificial, ele vai evitar o crescimento de fungos ou organismos que podem querer se alimentar dessa planta se estiver totalmente natural. Como ele não é muito agressivo para  o ser humano, oriento aplicar”.

Quem quiser conhecer o trabalho de Neiva pode encontrar as peças no instagram @comemorecgms.

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