"Novo normal" ainda não chegou para as pessoas, aponta enquete
Mesmo com redução de lives e aumento de eventos drive-in, 56% dos que responderam enquete creem que não estamos no novo normal
É perceptível como o número lives de artistas nacionais e locais está diminuindo nas últimas semanas. No próprio agendão de lives do Lado B costumávamos divulgar de 10 a 15 lives por dia do final de semana e, agora, não chegamos nem a cinco.
Isso porque muitos pequenos artistas já estão conseguindo fazer shows em bares e os grandes veem suas audiências diminuírem pela baixa taxa de isolamento social. Outro fenômeno são os eventos drive-in ou que forçam o distanciamento entre as pessoas. A cada semana eles aumentam e são usados pra diferentes finalidades, seja lançamento de livros, teatro e cinema, tudo de dentro do carro.
Por isso o Campo Grande News e o Lado B perguntaram: com menos lives e mais eventos adaptados, já estamos vivendo o novo normal? Para 56% das pessoas que responderam a enquete não, nós não estamos vivendo o novo normal. Já 44% acreditam que sim, nós já estamos vivendo esse período.
São vários os exemplos de eventos adaptados que estão sendo realizados com frequência em Campo Grande. Temos três experiência de cinema drive-in: o Autocine UFMS, Cine Sesc drive-in no Shopping Campo Grande e o Cine drive-in do Shopping Bosque dos Ipês.
Além dos filmes, eventos como peça de teatros e lançamentos de livros também estão sendo realizados de forma drive-in. O produtor cultural Bruno Damus, trouxe para Campo Grande o show do humorista Diogo Portugal, que se apresentou no estilo drive-in no Bosque dos Ipês. Ele estaria junto da maioria que respondeu a enquete, ainda não chegamos ao novo normal.
"Acredito que o mercado de eventos vai se adaptar rapidamente. Novas tecnologias, novos produtos estão surgindo e o setor está buscando novas alterativas, mas não acredito que já estamos vivendo o novo normal. Ainda acho que teremos muita coisa nova surgindo nos próximos meses. O mercado se molda, se adapta", diz bruno.
Porém, ele também destaca que os custos para eventos adaptados são muito altos. "Creio que até o segundo semestre de 2021 já tenhamos um novo padrão formatado, viável financeiramente pro público e principalmente seguro. Estamos de olho nas possibilidades e aguardando o melhor momento para seguirmos em frente".
Dá pra ver que é possível mesmo. A funcionária pública Denise Tosta reuniu o filho e os sobrinhos para curtir uma outra atração drive-in também no Bosque dos Ipês, que foi uma peça de teatro infantil. Segundo ela, as crianças não sentiram falta de sair do carro para poder curtir o programa. "Eles amaram poder interagir buzinando quando os personagens pediam. Já tínhamos visto outras peças, mas mesmo em sistema drive-in a diversão foi a mesma".
