Núcleo vegetariano quer facilitar vida de quem não come carne

Com o aumento dos movimentos vegetarianos e veganos em Campo Grande, dois nutricionistas decidiram trazer um núcleo da Sociedade Vegetariana Brasileira para Mato Grosso do Sul. A partir da instituição, a ideia do grupo é facilitar a vida de quem não consome carne e outros produtos de origem animal, além de divulgar e conscientizar sobre as pautas da causa animal.

Coordenadora do núcleo, Idalene Rocha conta que tem 36 anos de idade e o mesmo tempo de vegetarianismo. Em Mato Grosso do Sul há cinco anos, ela comenta que desde o início sentiu que seria um pouco mais difícil encontrar alimentação fora de casa por aqui, então passou a pensar em como poderia atuar mais intensamente na causa.

“Vim nutrindo a vontade de fazer mais pelo movimento na cidade. Por ser uma cidade com agronegócio muito forte, com a cultura do churrasco, as pessoas consomem muita carne e acaba sendo mais difícil ser vegetariano em uma realidade como essa”, explica.

Sabendo disso, ela comenta que conheceu Marcos Aquino, também nutricionista,e os dois tiveram a ideia de atuar no cenário regional a partir do núcleo. “Estamos trabalhando, fazendo ações para divulgar o veganismo e vegetarianismo. Temos uma equipe de, em média, 10 pessoas com médico, nutricionista, personal trainer e dentista”.

Além da parte de divulgar do movimento, Idalene narra que um dos pontos principais do núcleo é conseguir aumentar a quantidade de opções vegetarianas e veganas na cidade. Para isso, uma intermediação entre empresários precisa ser feita.

“Ainda hoje, muitas dessas pessoas ainda não conseguem encontrar seu lugar na sociedade simplesmente porque não conseguem sair para comer fora com sua família e ser compreendido tendo uma opção que abrange suas preferências alimentares. Sinto a dor deles porque é o que vivi e vivo na minha vida inteira”, detalha Idalene.

Nesse sentido, ela relata que o núcleo já está mediando projetos com uma sorveteria da cidade para garantir que o cardápio tenha produtos específicos para quem não consome nada de origem animal.

Explicando que o vegetarianismo e o veganismo são partes essenciais de sua vida, a nutricionista comenta que não poderia ser diferente. Isso porque sua mãe foi quem deixou plantado o desejo de continuar no movimento.

“Minha mãe era culinarista, vegetariana, e deixou essa missão para mim e para minha irmã, para que a gente desse continuidade em divulgar o veganismo e vegetarianismo no Brasil. É muito emocionante continuar o que ela fazia a partir do meu trabalho”, narra a nutricionista.

Hoje, além de integrar o núcleo, Idalene continua com sua profissão de nutricionista e explica que ainda há muito para se fazer. “Estamos muito felizes de trazer o núcleo e sabemos que o trabalho é grande. Mas estamos por aqui”.

Quem quiser acompanhar o núcleo, o perfil no Instagram é @svbcampogrande.

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