Para ajudar crianças com câncer, Patrícia faz toucas de personagens
Após perder a mãe, ela viu na produção das peças uma forma de enfrentar o luto e a depressão
Após perder a mãe para o câncer, Patrícia Angélica da Silva Mendonça, de 52 anos, recorreu ao crochê para enfrentar o luto e a depressão. De forma solidária, ela confecciona toucas destinadas para crianças de um hospital no interior de São Paulo. A intenção dela é também ajudar hospitais de Campo Grande, porém para isso precisaria de doações de lã.
Patrícia conta que conheceu voluntários envolvidos no projeto social Atamor no período em que viveu em Andradina (SP) com a mãe. “Ela tinha câncer na garganta, ela ficou muito fraca e eu fui acompanhar o tratamento. Fiquei nove meses até a partida dela. Conheci o pessoal em Araçatuba e mandei mensagem pra Tati”, diz.
O projeto custeia o material para que Patrícia confeccione as peças Posteriormente, as toucas são doadas para crianças de três a 14 anos diagnosticadas com câncer. “Eu queria fazer toucas pras crianças daqui de Campo Grande, mas com essas lãs eu não posso porque eles que mandam”, diz.
Há um ano ela realiza a atividade que é tida como uma forma de ocupar a cabeça e tratar a depressão. Não é todo dia que Patrícia se dedica ao crochê e às toucas. Ela explica o motivo. “Eu só faço quando tô boa pra transmitir alegria e muito amor. Quando não tô boa, não faço porque a gente fica triste e isso transmite para a touquinha e não pode”, afirma.
As toucas coloridas representam personagens, por exemplo, Tartarugas Ninja, Homem Aranha, Galinha Pintadinha e Minions. Além dessas, Patrícia também faz outras inspiradas em ursinhos coloridos, raposas e corujas. “Eu que escolho e vou fazendo”, conta orgulhosa.
Ao todo, ela já confeccionou mais de 100 toucas para o projeto social. O sentimento, segundo Patrícia, é o melhor possível. “Eu fico assim, é uma coisa que não dá pra explicar você estar fazendo uma touquinha para uma criança que vai ficar feliz”, conclui.
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