Para lançar livro, Bruna enfrentou coma induzido e 10 anos de espera

Em 2014, a professora de História, Bruna David, decidiu começar a escrever seu primeiro livro e, para conseguir divulgar a obra publicada, ela precisou enfrentar dez anos de espera e enfrentar um coma induzido durante sete dias. Foi só depois de muito esforço que “O Cientista: 100 dias no Egito” nasceu.

Professora há 12 anos, ela conta que depois de muito ler e dar aulas, viu que havia chegado o momento dela mesma escrever seu próprio livro. “Queria tentar aliar minha paixão à História e um pouco de Física, que também tenho interesse. Então, em 2014, comecei a escrever”.

No caminho, enquanto escrevia sobre a parte da história em si, Bruna percebeu que não seria tão fácil encontrar fontes. “Mesmo sendo livro de ficção, eu gostaria de ter dados confiáveis até para meus alunos lerem se quisessem. Parei então de escrever e no final do ano passado decidi retornar com ele e terminei muito rápido”, diz.

O problema é que quando chegou o momento do lançamento, a professora começou a adoecer e viu seu quadro evoluir rapidamente. Sem saber ao certo o que aconteceu, ela conta que tudo começou com um mal estar e rouquidão.

“Fui ao médico, mas ele não pediu exames e só disse que era covid e que eu tinha que tomar remédio. Continuei mal, fui mais uma vez e ele disse novamente que era covid, sem exames, só aumentou a dose. Pela terceira vez, eu fui e finalmente pediram exames”, relata Bruna.

Os resultados mostraram que a escritora estava com pneumonia e precisou ser internada logo em seguida. “Quando meu marido voltou, já acharam melhor me levar para o CTI e, no outro dia, durante o período de visitas, acharam melhor me intubar. Fiquei assim por sete dias”.

Bruna relembra que quando estava mal, ainda consciente, começou a pensar sobre como seria caso não sobrevivesse. “Pensava sobre como minha família ficaria triste olhando para o livro, pensando sobre como não consegui nem ver ele lançado. No dia em que intubei, chegou a notícia de que ele estava disponível para venda”, diz.

Sobre o diagnóstico, a escritora comenta que não há um diagnóstico definitivo justamente pela demora na realização dos exames.

Após os sete dias inconsciente, Bruna retornou e começou a entender tudo o que havia passado. E, durante esse tempo, sua mente a levou para outro lugar.

“Fiquei sabendo que minha cunhada fez um terço pelo Google Meet para rezar com a família toda e enquanto eu estava intubada fiquei sofrendo muito. Parecia que estava vivendo uma vida paralela”, narra a professora.

Puxando na memória, ela detalha que imaginava ter conversado com médicos e permanecido ‘acordada’ durante muito tempo. “Estava internada em outro hospital, para mim, tinha ficado intubada por três dias. Depois que me falaram que foram sete dias porque, quando acordei, a enfermeira perguntou e eu falei que foram três dias, mas meu marido corrigiu dizendo que era sete”.

Após toda uma batalha, Bruna conseguiu ver seu livro publicado de forma online e, agora, aguarda o momento de ver a obra no formato físico.

Para quem se interessar pelo livro é só clicar aqui.

Confira a sinopse:

Tiago é um estudante de pós-graduação no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Recebe uma oportunidade de estagiar no Futuro Colisor Circular, FCC, na Suíça. Apesar de recém começar o namoro com Ferda, a quem sempre gostou, parte para Genebra. Lá, conhece Alexandros, um grego que irá lhe ajudar a se estabelecer na cidade. Ambos são convidados para participar de um projeto secreto, articulado pelos diretores do projeto, professores Krause, Muller e Mayer. Aceitam com honra, mas algo acaba dando errado e os dois farão uma viagem no tempo.

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