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Comportamento

Para realizar desejo do pai, Alef busca tios que só conhece por fotos

José faleceu antes de reencontrar os irmãos e há 8 anos Alef tenta contato com a família em Mato Grosso do Sul

Por Jéssica Fernandes | 07/12/2023 07:44
À esquerda, sentado, José com irmão, irmãs e crianças da família. (Foto: Arquivo pessoal)
À esquerda, sentado, José com irmão, irmãs e crianças da família. (Foto: Arquivo pessoal)

“O sonho dele era encontrar a mãe, mas quando encontrou infelizmente já tinha falecido”, conta Alef Garcia, de 29 anos. O lavrador cresceu ouvindo o pai José de Jesus Sousa falar sobre os familiares que viviam em Mato Grosso do Sul e com quem não tinha contato. Criado em Fátima (BA), José morreu em 2015, aos 52 anos, sem conseguir rever os irmãos. A partida dele deu início a busca de Alef pelos tios que só conhece por fotos antigas.

Sem ter muitas informações sobre essa parte da família, Alef conta que um dos motivos que o faz procurar pelos tios há 8 anos é para avisar que o pai faleceu. “Meu pai faleceu tem uns anos e esses irmãos não sabem. Eu tive um sonho e coloquei em minha cabeça que preciso encontrar para avisá-los e queria os conhecer também”, diz.

Recordando a história de vida do pai, ele explica o motivo de José ter sido criado longe dos irmãos. “Ele nasceu aqui na Bahia mesmo a mãe dele era daqui. Quando ele nasceu ela deu para os avós do meu pai pra criar ele e foi embora. Ele não conhecia ela”, afirma.

De óculos, José ao lado do irmão em Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo pessoal)
De óculos, José ao lado do irmão em Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo pessoal)
Da direita para esquerda, irmão e irmã de José em foto de 1998.
Da direita para esquerda, irmão e irmã de José em foto de 1998.

José soube do paradeiro da mãe Maria Rosalina de Jesus quando tinha mais de 30 anos de idade. Na época, em 1998, ele saiu da Bahia para Mato Grosso do Sul onde descobriu que a mesma tinha falecido. José nunca a reencontrou, porém no Estado conheceu dois irmãos e duas irmãs.

O breve encontro entre os cinco está registrado em fotografias que Alef guarda em casa. O pai, segundo ele, tinha vontade de rever os irmãos, porém perdeu o contato com todos. “A razão de perder o contato foi porque meu pai não sabia ler, não entendia de tecnologia. Ele sempre falava que um dia ia visitar os irmãos, mas não foi possível”, fala.

Através das redes sociais, o lavrador procurou os tios fazendo buscas pela localização de Mato Grosso do Sul. Além das fotografias, ele não tem qualquer outra informação sobre os familiares e só sabe o nome de uma tia: Andreia. “Só fotos mesmo. Na verdade não sei nem se eram de Campo Grande. Meu pai só falava que eles moravam em Mato Grosso do Sul”, afirma.

Irmã de José em registro feito em um cemitério em 1998. (Foto: Arquivo pessoal)
Irmã de José em registro feito em um cemitério em 1998. (Foto: Arquivo pessoal)

Apesar do falecimento do pai ter motivado a busca pelos parentes, Alef relata que desde a infância sentia o desejo de ter contato com os tios.  Sem ter certeza se conseguirá contactar essa parte da família, ele diz que precisam contar a eles o que aconteceu com José. “Eu tenho em mente que eles precisavam saber que meu pai não se encontra mais vivo e eu também sempre tive vontade de conhecer esses meus tios”, pontua.

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