Pastelaria faz bilhete em braile para menino com deficiência visual
Na semana do aniversário de 121 anos da Capital, a solidariedade foi destaque em algumas atitudes positivas que só fizeram o bem
Para fecharmos a semana com chave de ouro: uma pastelaria de Campo Grande decidiu mandar um bilhetinho escrito em braile para uma criança deficiente junto a sua encomenda. E o que estava escrito? "Obrigado, nós te amamos". É mais uma prova de que o campo-grandense tem exercitado a solidariedade quando mais se precisa dela.
"Já não era o primeiro pedido da família. Pai e filho já eram nossos clientes. Mas só quando o entregador nos alertou da deficiência do garoto, foi que tive a ideia. Não sei dizer ao certo, mas fiquei tocado pela criança, e resolvi agradá-lo de alguma forma especial", revela Erick Castro, dono da pastelaria.
Mesmo sem entender nada do sistema de escrita tátil, ele se virou, pesquisou na internet e montou o texto conforme o abecedário. Como deveria ser escrito em alto relevo, o proprietário decidiu dar aquela "forçadinha" no papel com a caneta, só para que cada letra ficasse mais legível ao toque. "Eu tenho isso comigo, de doar afeto, e eu só queria deixar o menininho feliz, que ele se sentisse lembrado", confessa.
Solidariedade em alta – Essa não foi a única boa ação na semana em que a Capital completou seu aniversário de 121 anos. Uma outra criança recebeu de um restaurante a "pizza-borda" totalmente sem recheio que ele tanto queria. A história, que foi destaque no Lado B, rendeu até um encontro entre a família do garoto e os donos da pizzaria.
É curioso encontrar o motivo por trás de tanta atitude do bem. Mas quando a achamos, fica fácil de entender. "A gente precisa levar amor, independente da onde for. De coisa ruim já basta o próprio ano de 2020. Chega! Está difícil ser comerciante nesses tempos de pandemia, eu bem sei disso, mas fica aqui meu alerta para que outras pessoas também estejam mais dispostas à exercitar a empatia. Vamos ter mais amor no coração, minha gente", considera Erick.
Em resposta – Se gentileza gera mesmo gentileza, a publicação em rede social pelo pai do menino, que além dos pastéis também ficou surpreso com o bilhete em braille entregue em casa, foi a melhor resposta. "Como um pai de um menino especial eu me senti lisonjeado, porque a maioria dos negócios se importam mais com os números de venda do que com os clientes, as pessoas. Só de terem lembrado do meu filho, ele ficou tão feliz! Só quem é pai de uma criança com deficiência sabe como é difícil a acessibilidade no Brasil", escreveu o pai em mensagem à Erick.
Votos para que esta semana que já se inicia venha plantada com sementes do bem e que no decorrer dela possamos todos compartilhar os seus frutos.
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