Primeiro cemitério da cidade tem figurões que vão de atriz até prefeito
Glauce Rocha, José Antônio Pereira e Ary Coelho são algumas figuras que foram sepultadas no Santo Antônio
No cemitério mais antigo de Campo Grande, o Santo Antônio, há histórias que vão desde a atriz Glauce Rocha até o fundador da Capital, José Antônio Pereira. Mas, para encontrar as sepulturas das figuras famosas do Estado, é necessário atenção, já que muitas não possuem nem mesmo identificação.
Unindo o desgaste pelo tempo e depredação, os túmulos de figuras consideradas importantes são listadas pelo cemitério em um banner na entrada do local. Com ajuda dos funcionários, é possível localizar cada um deles.
Funcionário do cemitério, Lilsson Souza explica que as visitas aos túmulos principais costumam ser feitas pelas famílias e também por estudantes, principalmente os de Artes e Arquitetura e Urbanismo.
Abaixo, você confere alguns dos nomes e resumo das histórias das figuras destacadas pelo cemitério municipal.
Glauce Rocha
Campo-grandense, a atriz Glauce Rocha nasceu no dia 16 de agosto de 1930 e faleceu aos 41 anos de idade, no dia 12 de outubro de 1971. Ainda criança, passou a estudar em um colégio interno em Minas Gerais após seu pai ser assassinado. Depois, continuou os estudos em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
De lá, foi estudar no Conservatório Nacional de Teatro e fez sua estreia profissional na peça Madame Sans Gene, convidada por Alda Garrido. Na televisão, estreou com Se o Guilherme Fosse Vivo, em 1952, na TV Tupi.
Entre seus trabalhos de destaque estão Perto do Coração Selvagem, de 1965, e Um Uísque Para o Rei Saul, de 1968. Com a última peça, ganhou o Prêmio Moliére de Melhor Atriz.
Na lista de novelas, atuou em Cabocla, Adeus às Armas, Casa de Bonecas, A Noiva do Passado, Passo dos Ventos, A última Valsa, Rosa Rebelde, Véu de Noiva e Irmãos Coragem. Como seu último trabalho, Glauce interpretou Helena na novela Hospital.
José Antônio Pereira
Nascido em Barbacena, Minas Gerais, José Antônio é um dos fundadores de Campo Grande. Em 1872, saiu de sua cidade para encontrar terras que servissem aos seus familiares.
Conforme a história oficial, José Antônio passou por três anos de caminhada até chegar aos córregos Prosa e Segredo, no dia 21 de junho. Nessa época, o mineiro estava chegando aos 50 anos de idade.
Amando de Oliveira
Antigo vereador de Campo Grande, Amando de Oliveira foi o doador do Cemitério Santo Antônio. E, por um acaso do destino, foi o primeiro a ser sepultado por ali em 1914.
Nascido em Lençóis Paulista, Amando deixou sua cidade ao lado da família e chegou a Campo Grande em 1899. Na época, tinha cerca de 20 anos e começou a construir sua vida trabalhando como fornecedor de tijolos e telhas.
Com o passar do tempo, Amando entrou na vida política e conseguiu se tornar vereador. Entretanto, no dia 10 de junho de 1914, foi assassinado.
Ary Coelho
Médico, Ary Coelho de Oliveira foi o 39º prefeito de Campo Grande e, durante uma viagem a Cuiabá, foi assassinado por Alcy Pereira Lima. De acordo com pesquisadores, o assassino era um jornalista que havia escrito um artigo contra Ary.
Nascido em Paranaíba, Coelho estudou medicina em Belo Horizonte e se mudou para Campo Grande. Por aqui, se casou com Maria Arantes e criou o Hospital Santa Maria.
Sarah Abussafi Figueiró
Sul-mato-grossense de origem libanesa, Sarah Abussafi Figueiró foi uma incentivadora e defensora da cultura e da saúde em Mato Grosso do Sul. Nascida em Campo Grande, foi professora de artes e se tornou a primeira presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Profissionais da Dança.
Além disso, também fundou a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Campo Grande.
Entre as figuras enterradas no Cemitério Santo Antônio também estão Vespasiano Martins, que foi prefeito, governador e senador de Mato Grosso do Sul, o empresário Manuel da Costa Lima, o músico Zé Corrêa, o educador Hércules Maymone, a pintora e desenhista Lídia Baís e o médico Euler de Azevedo.
Confira a galeria de imagens:
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