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Comportamento

'Receita' após acidente com capivara tem chifre-de-veado e maracujazeiro

Regina passou por várias cirurgias e, durante a recuperação, cuidado com o quintal foi a melhor saída

Aletheya Alves | 03/08/2023 06:53
Desde 2019, plantas ganharam novos significados para Regina. (Foto: Aletheya Alves)
Desde 2019, plantas ganharam novos significados para Regina. (Foto: Aletheya Alves)

Há quatro anos, Ana Regina Garcia da Silva descobriu que a “receita” para sua melhora após sofrer acidente com uma capivara envolveria a antiga paixão por plantas. Tendo fraturado o joelho e passado por várias cirurgias, as tensões vêm sendo enfrentadas na base da “terapia” com muito chifre-de-veado e maracujazeiro no quintal.

Desde 1995, Regina aproveita o espaço do jardim ao lado do marido, mas em 2019 é que a intensidade dos cuidados aumentaram. Na época, ela seguia seu trajeto cotidiano para o serviço quando foi surpreendida por uma capivara enquanto pilotava a moto.

Com o susto, o acidente acabou acontecendo e, desde então, a forma com que Regina passa os dias precisou ser alterada. “Fiquei caída na rua, recebi socorro e precisei passar por três cirurgias no joelho desde então. Já fiquei meses sem poder encostar o pé no chão e aí foi só cadeira de rodas e muletas”.

Maracujazeiro foi trazido de Curitiba para compor o cenário do quintal. (Foto: Aletheya Alves)
Maracujazeiro foi trazido de Curitiba para compor o cenário do quintal. (Foto: Aletheya Alves)
Chifre-de-veado é uma das favoritas de Regina. (Foto: Aletheya Alves)
Chifre-de-veado é uma das favoritas de Regina. (Foto: Aletheya Alves)

Sabendo que precisaria se manter em casa, a ideia de Regina foi se voltar ao quintal, que já era um xodó da família. A moradora explica que devido às sequelas deixadas pelo acidente, alguns serviços domésticos também não podem ser feitos, então o jeito foi se esbanjar nas cores do jardim.

“A gente sempre gostou de plantas, tanto eu quanto meu marido. Logo que chegamos aqui já começamos a fazer as plantações, fomos embora por um tempo, mas voltamos. E quando teve o acidente comecei a passar mais tempo”, explica Regina.

Por ali, a coleção vai de suculentas e samambaias até o princípio de uma horta. Já apaixonada pela variedade de espécies, nem mesmo as viagens resistem ao hobby e terapia da moradora.

Orquídeas são paixão dividida com o marido de Regina. (Foto: Aletheya Alves)
Orquídeas são paixão dividida com o marido de Regina. (Foto: Aletheya Alves)
Pedaço de madeira foi encontrado em rio e transformado em suporte para as plantas. (Foto: Aletheya Alves)
Pedaço de madeira foi encontrado em rio e transformado em suporte para as plantas. (Foto: Aletheya Alves)

Na última ida ao Paraná, por exemplo, o carro precisou voltar com mudas de um maracujazeiro que, sendo bem cuidado, tem se espalhado pela cobertura da garagem. Além dele, até um pedaço de madeira encontrado em rio foi recolhido por Regina e transformado em suporte para vasos.

Desde a mudança forçada pelo acidente, a mulher narra que as tensões e nervosismos têm sido tranquilizadas pelo contato com a natureza. Com isso em mente, os passos em direção ao futuro se completam com os desejos do marido de Regina.

Devido à variedade de plantas no quintal, a ideia é que uma floricultura seja implantada a partir das mudas produzidas pelo casal. “A gente já tem tanta coisa, vai procurando ideias e tomando gosto, acho que é possível. Pensamos nisso, acho que é algo possível de ser feito”, diz.

Ainda sem saber como será o futuro do próprio corpo, ela explica que se mantém com os tratamentos físicos. E, claro, a saúde mental é reforçada pela companhia das plantas que não param de crescer e aumentar em quantidade.

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