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Comportamento

Rivais, finalmente filha consegue unir pai e mãe no mesmo estádio

Pela 1º vez, os três acompanharam juntos a final de um campeonato entre Flamengo e Atlético Mineiro

Jéssica Fernandes | 22/02/2022 09:04
Pela 1º vez, toda família acompanhou um jogo no estádio. (Foto: Arquivo Pessoal)
Pela 1º vez, toda família acompanhou um jogo no estádio. (Foto: Arquivo Pessoal)

Emoção é a palavra que define tudo que Ana Luiza Martins, 23 anos, viveu ao lado dos pais no último domingo (20). De última hora, Elaci Sueiro, 62 anos, e Luis Antônio de Souza Martins, 65 anos, realizaram a viagem em família para acompanhar a final da Supercopa do Brasil entre Flamengo e o Atlético-MG. Elas são flamenguistas de coração, enquanto ele é atleticano roxo.

Apaixonados por futebol, a Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), ficou pequena para o tamanho da alegria dos três. Pela primeira vez, pais e filha tiveram a oportunidade de irem juntos ao estádio para ver uma final de campeonato. Apesar da derrota do rubro-negro, elas comemoram e compartilharam a emoção que Luis sentiu ao ver o time levantar a sonhada taça.

A família ficou unida do início ao fim, pois acompanharam toda a partida no mesmo setor. Mesmo sendo o único atleticano entre diversos flamenguistas, Luis não deixou de vibrar quando o Atlético-MG definiu o jogo nos pênaltis. “Só na hora dos pênaltis, tive três pré-infartos”, lembra.

Luís, Ana e Elaci na arquibancanda durante a final da Supercopa do Brasil. (Foto: Arquivo Pessoal)
Luís, Ana e Elaci na arquibancanda durante a final da Supercopa do Brasil. (Foto: Arquivo Pessoal)

Ao Lado B, Ana comentou detalhes sobre a viagem de última hora e tudo que aconteceu durante a final. Ao chegarem na cidade, ela revela que não faltaram flamenguistas para brincarem com o pai. “Desde que chegamos em Cuiabá, a torcida era 98% do Flamengo. Meu pai foi chacota desde o início”, ri.

Antes do jogo começar, os pais da Ana já estavam apostando sobre o que cada um faria caso o time levasse a pior. “Eles são muito competitivos, fanáticos, apostaram que quem perdesse iria pagar a janta, voltar dirigindo o carro”, fala.

Com a disputa acirrada do começo ao fim, não faltaram momentos para testar o coração dos três torcedores. Mesmo sendo flamenguista, Ana não deixou de torcer para o time do pai. A atitude, segundo Luís, despertava curiosidade nos flamenguistas que estavam próximos a eles. “Minha filha vibrava no gol do Flamengo, do Atlético e ninguém entendia nada”, diz.

Ana e os pais na frente da Arena Pantanal, em Cuiabá (MT). (Foto: Arquivo Pessoal)
Ana e os pais na frente da Arena Pantanal, em Cuiabá (MT). (Foto: Arquivo Pessoal)

Durante a batida dos pênaltis, Luís mal conseguia olhar para o campo e acompanhar a decisão. Já Elaci ficou dominada pela emoção de quem não assistia presencialmente um jogo do Flamengo desde a década de 1980. “A última vez que fui no estádio foi por volta de 1982, na final do Campeonato Carioca. Foi muito emocionante, é muito bacana, diferente de assistir na televisão. Na hora do pênalti, eu estava muito nervosa, sentei e fiquei rezando”, conta.

Para Ana, ver o pai celebrar a vitória do Atlético-MG a deixou completamente realizada. Foi só quando ela vibrou com o último gol que Luís abriu os olhos para comemorar. “O último pênalti ele não quis assistir, mas quando gritei, ele viu que foi campeão e foi uma festa. A gente se abraçou, ele chorou, ficou sem reação. Eu estava realizada de ver o meu pai feliz”, ressalta.

Mesmo não tendo o prazer de ver o Flamengo vitorioso, Elaci comemorou com o marido e a filha. No término da partida, ela aproveitou para orar e agradecer pela ocasião especial. “Eu sou flamenguista apaixonada, nós sempre assistimos os jogos juntos, mas se o Atlético ganha, eu comemoro. Para nós foi emocionante, nós dois não infartamos, porque não era a hora. Eu fiz minhas orações por ter dado tudo certo e não ter acontecido nada”, expõe.

Agora, além de ser campeão, Luis será mimado durante uma semana pela mulher e a filha. A aposta da janta virou um churrasco, que deve acontecer no final de semana.

Mesmo sendo flamenguista, Ana celebrou o título com o pai. (Foto: Arquivo Pessoal)
Mesmo sendo flamenguista, Ana celebrou o título com o pai. (Foto: Arquivo Pessoal)

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