Sonhando ser miss, Ana viu que peso não é impedimento graças a dança

Aos 42 anos, a médica veterinária Ana Laura Bello decidiu abandonar os pensamentos que havia construído durante toda a vida para mostrar a si mesma que seu peso está longe de ser um impedimento. Em um processo de mudanças há 8 anos, a campo-grandense se apoiou nas transformações da autoestima causadas pela prática de danças e, agora, quer trazer o título de Miss Plus Models Brazil consigo.

“Eu sempre pensava que sou gordinha, que nunca poderia ser miss. Mas venho me sentindo muito mais bonita por conta das danças e decidi tentar”. Tendo aceitado o novo desafio neste ano, agora o trajeto envolve continuar acreditando em si mesma e correr atrás de parcerias para garantir todos os itens necessários da competição.

Se preparando para a viagem até Viamão, no Rio Grande do Sul, Ana conta que ainda está entendendo tudo o que vem acontecendo. Seja pelas inseguranças ou mudança completa de área de trabalho, ela narra que o desejo em fazer diferente a tem movido.

Retornado aos pensamentos da infância, a veterinária diz que costumava assistir a competições de beleza. E, já na época, se via desconectada desse mundo, “nunca tinha pensado nisso mesmo porque desde pequena sempre fui gordinha. Então, é algo bem aleatório, novo mesmo. Sou veterinária de formação e em 2015 algumas coisas começaram a mudar”.

Na época, Ana começou a participar de aulas de dança do ventre e, já naquele momento, foi necessário insistir contra os próprios pensamentos. “Não tinha entrado para dançar porque não queria colocar a barriga de fora, a gente sente esse preconceito até dentro de casa. Comecei a fazer as danças, continuei e, no começo desse ano, decidi que queria fazer algumas fotos”, diz.

O desejo de registrar o gosto já existia há alguns anos, mas o receio com o peso permanecia como impedimento. “Sempre via fotos de bailarinas e queria fazer, mas dizia que precisava emagrecer até que uma amiga me impulsionou. Ela disse que se eu me sentisse bem, deveria fazer de toda forma, que o peso não importava”.

Decidida a seguir o conselho da amiga, Ana fez os registros com um fotógrafo profissional e, desde então, as mudanças só aumentaram. Após publicar as fotografias em sua rede social, o convite para concorrer a Miss chegou.

“No início, não aceitei, imaginei que não fosse conseguir, que não fosse para mim. Depois, repensei e decidi aceitar o desafio, acho que vai ser algo bom. São tantas mulheres lutando pela representatividade, é importante.”

Marcado para novembro, o concurso reúne participantes de todo o Brasil. Com uma série de exigências, Ana comenta que parte dos gastos já foram pagos, mas ainda é necessário suprir a lista de roupas a serem usadas no evento.

“Agora estou correndo atrás da parte de pedir patrocínio, apoio, enfim. Nós bancamos tudo, desde o valor da inscrição, passagem, hospedagem, videomaker. Consegui alguns apoios até agora, mas a quantidade de looks para os dias de evento é grande”, detalha a veterinária.

Entre as exigências estão roupas que se encaixam desde o momento de chegada ao aeroporto até período na piscina e jantar. “Tudo é específico, temos os modelos para seguir e as cores são livre. Então, por exemplo, preciso de dois vestidos de gala, roupa social, vestido midi, bastante coisa”.

Por isso, quem se interessar em auxiliar Ana pode entrar em contato através do perfil no Instagram @analaurabello.

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