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Comportamento

Tatuagem resgata o sorriso do tio, que há uma semana a covid levou

Thailla Torres | 06/06/2021 10:45
Foto que inspirou Raphael a eternizar o sorriso do tio. (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto que inspirou Raphael a eternizar o sorriso do tio. (Foto: Arquivo Pessoal)

Mais que um tio, o empresário Walter Alves Filho sempre foi para seu sobrinho um amigo e segundo pai. Desde a infância, o corretor Raphael Renato da Silva Brito, de 32 anos, mantém histórias inesquecíveis entre eles. No entanto, há uma semana, a covid-19 tirou de cena o carisma do tio que era capaz de animar a família em qualquer circunstância.

Na busca de eternizar os bons momentos e transformar toda dor em saudade, Raphael decidiu fazer uma homenagem tatuando um dos momentos mais marcantes entre ele e o tio, com direito a sorriso e pose juntos em uma cachoeira.

A tatuagem simboliza parte do que Walter mais amava fazer: ser feliz ao lado da família. “Meu tio era muito animado, que conversava sobre a vida, que estendia a mão próximo sempre que fosse necessário. Esse sorriso da foto é que sempre fazia parte da vida dele”.

A foto que virou tatuagem foi feita durante uma viagem da família após a despedida de um parente. “Logo que saímos do velório, decidimos passar nessa cachoeira para dar uma espairecida e lá tiramos muitas fotos. Lembro que sorrimos muito neste dia e ele fez questão de registrar esse momento”.

Cenas como essa Raphael diz que tem várias na memória, mas o sorriso do tio neste dia foi especial, por isso, a foto foi escolhida para a homenagem.

Tatuagem ainda em processo de cicatrização. (Foto: Arquivo Pessoal)
Tatuagem ainda em processo de cicatrização. (Foto: Arquivo Pessoal)

Walter faleceu dia 29 de maio. Ele foi diagnosticado com covid-19 após uma pescaria e não resistiu às complicações da doença durante período que esteve internado. Logo após o sepultamento, em uma conversa com o primo Eduardo Mariani, que é tatuador, Raphael falou da vontade de eternizar o sorriso do tio na pele. “Isso foi no domingo e terça já fizemos a tatuagem”.

Raphael agora leva Walter no peito e não abre mão de lembrar o que ficou do tio. “Ele deixou um legado de muita luta”, descreve o sobrinho. “Além disso ele era meu padrinho e tínhamos muita afinidade e sintonia. No olhar a gente já se entendia”, afirma.

Durante a vida Walter foi auxiliar de almoxarifado, vendedor e engraxate. Nos últimos anos ele se destacou na venda de carros semi novos em Campo Grande e era conhecido pelos amigos como Waltinho.

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