Turma do “randandan” transformou o barulho em alegria para Ramona

Em Campo Grande, o Noturno 67 é um grupo de motociclistas que se unem não só para dar um ‘rolê’, mas também para fazer boas ações. Na última semana, a turma saiu do Bairro Rita Vieira em direção ao Bairro Aero Rancho para entregar cesta básica a Ramona Antonia Ferreira, de 66 anos.

A mobilização foi filmada e compartilhada do começo ao fim no perfil do grupo no Instagram. A ideia de arrecadar dinheiro para ajudar Ramona e Margarete Ferreira, de 69 anos, partiu de Higor, Nathan e Eduardo, que pediram para não terem os sobrenomes veiculados.

Ao Lado B, Nathan fala sobre a união dos integrantes e como eles chegaram à moradora. Na semana passada, os motociclistas organizaram um encontro para entregar doces às crianças que moram no Bairro Dom Antônio Barbosa.

Veja o vídeo:

No trajeto, o grupo passou pela avenida principal do Aero Rancho, quando foram filmados por dona Ramona, que gostou de ver o movimento das motos em frente de casa. O vídeo chegou aos meninos, que sentiram que deveriam prestar a ajuda e fazer a surpresa.

“Conversando com o Eduardo, a gente sentiu no coração de ajudar, tomamos iniciativa e todo mundo achou um máximo e mais uma vez todo mundo ajudou”, conta Nathan.

Os motociclistas conseguiram comprar três cestas básicas, fraldas e ajudar no Pix de R$ 380. O valor extra, segundo o jovem, é para ajudar nas despesas médicas que Ramona tem com a irmã mais velha. No dia da entrega, mais de 200 motociclistas foram à casa da moradora.

Veja o vídeo:

Ramona comenta que ficou sensibilizada pelo gesto e que nunca um grupo de estranhos tinham feito algo assim pela família. “Os meninos do grupo se juntaram para me ajudar com mantimento, nas fraldas. Achei muito lindo. Eu com 66 anos nunca recebi doação tão grande como essa”, afirma.

A surpresa também mudou o dia de Margarete, que demonstrou muita alegria com a visita do grupo. Ramona fala sobre a reação da irmã e que ela procura não se abalar apesar das dificuldades.

“Ela ficou tão feliz que começou a balançar os bracinhos dela. Ela não fala, mas ela entende. É um movimento que alegra a gente, porque eu não sei ficar triste, eu não gosto de me abalar”, diz.

O grupo Noturno 67 pretende continuar ajudando as pessoas da cidade. É o que ressalta Nathan. “A maioria do pessoal que está em volta da gente é molecada, tem moto, faz barulho. Muita gente vê a gente como bandido, mas a gente tá aqui pra ajudar”, destaca.

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