ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 21º

Comportamento

Uber “pé de valsa” dá aula de dança e acompanha alunas até em baile

Ricardo, que é professor há 30 anos, garante que dança é um santo remédio e já conseguiu alunas até em corrida

Jéssica Fernandes e Suzana Serviam | 15/12/2021 07:25
Ricardo trabalhando como motorista. (Foto: Suzana Serviam)
Ricardo trabalhando como motorista. (Foto: Suzana Serviam)

Quando não está trabalhando como motorista de aplicativo, Ricardo Pastor Franco, 60 anos, dá aula de danças para mulheres e até as acompanha nos bailes de Campo Grande. Há 30 anos, ele começou na profissão e garante que dança de tudo, desde tango a vanerão.

Enquanto circulava pela cidade com o carro que usa para trabalhar, ele conversou com o Lado B, falou um pouco sobre a própria vida e revelou como teve início a carreira de professor.

Antes dos 28 anos, Ricardo comenta que dominava os passos de danças típicas do Estado. “Eu já dançava e fui aprendendo xote, chamamé, polca paraguaia, rancheira e marcinha”, diz. Com vontade de praticar outros estilos, ele fez  aulas à distância com o famoso coreógrafo e dançarino carioca, Carlinhos de Jesus. “Eu me aperfeiçoei no tango, bolero e samba”, afirma.

Ricardo dando aula para uma de suas alunas na varanda de casa. (Foto: Kísie Ainoã)
Ricardo dando aula para uma de suas alunas na varanda de casa. (Foto: Kísie Ainoã)

Em casa, no Bairro Coophatrabalho, ele dá aulas particulares para pessoas de todas as idades e também para casais. Na privacidade da residência, até aqueles que não tem muito molejo e ritmo conseguem se transformar em bailarinos de primeira categoria.

Conforme o professor, os alunos o procuram para aprender diversos ritmos e por razões diferentes. “Tem pessoas que me procuram para dançar em casamentos, tem gente que procura aprender valsa para a formatura, tem para todos os gostos”, conta.

Além das aulas, Ricardo é personal e acompanha alunas que precisam de um par para irem aos bailes. “Atendo senhoras, principalmente, as que querem dançar no baile. Elas me contrataram para ir dançar, é um contrato para ficar dançando”, explica.

Ao decorrer da carreira, ele vivenciou momentos únicos e diz com convicção que a dança é capaz de curar as pessoas. “Já passei por muitas experiências. Teve uma senhora que perdeu o filho, veio dançar, depois, foi deixando os remédios, ela mudou. É bom ver a pessoa se desenvolvendo fisicamente e emocionalmente. A dança hoje ajuda em muitos problemas”, ressalta.

Cobrando R$ 100 a hora, Ricardo trabalha com horário reservado e uma agenda flexível durante a semana. Neste ano, ele comemora que está cheio de aulas para lecionar. Mesmo assim, Ricardo segue cativando clientes quando está atuando como motorista de aplicativo.

Na visão dele, tudo na vida poderia ser resolvido com uns simples passinhos de dança. “Se as pessoas dançassem, as farmácias fechavam tudo”, finaliza.

Na visão de Ricardo, a dança cura tudo. (Foto: Kísie Ainoã)
Na visão de Ricardo, a dança cura tudo. (Foto: Kísie Ainoã)

 Curta o Lado B no Facebook. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.

Nos siga no Google Notícias