Venezuelano ousado “causa” no Centro dançando funk com bonecos
Sem nenhum pudor, venezuelano tem chamado a atenção com sua perfomance nas ruas do Centro de Campo Grande
Uma dupla de malabaristas venezuelanos tem feito a alegria de quem passa pelo Centro de Campo Grande neste fim de ano. Jefferson Afonzo, de 27 anos, e Luiz Amos, de 22 anos, estão no Brasil há apenas três dias e já repercutem em vídeos pela internet, principalmente com a apresentação peculiar de Jefferson, que dança funk com dois bonecos presos ao corpo por alguns bastões, dando a impressão que os bonecos dançam com ele as músicas.
A equipe de reportagem encontrou os dois no semáforo da rua 14 de Julho com a avenida Afonso Pena. Em meio à sinais vermelhos e verdes e um "portunhol" de ambas as partes, eles contam que viajam pelo mundo se apresentando na rua.
Já passaram por Costa Rica, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Argentina, Bolívia, Brasil Panamá onde Jefferson apreendeu a arte da dança com os bonecos há cerca de quatro anos.
"Fazíamos malabarismo normal até que vimos uma pessoa fazendo essa dança e achei que era uma coisa legal e diferente para fazer, que por isso poderia dar mais dinheiro também", explica Jefferson que montou as bonecas a partir de materiais reciclados encontrados na rua mesmo.
Os dois se conhecem há sete anos. Luis diz já esteve no Brasil antes e morou cinco meses no Paraná . Já Jefferson nunca havia visitado o Brasil. "Estamos adorando, as pessoas estão sendo bem receptivas a nossa arte", diz Luis.
Jefferson tem quatro filhos, de 8, 7, 6 e 5 anos de idade e boa parte do dinheiro arrecado com as apresentações ele manda para a família que está na Venezuela. Ele fala que vida da família lá é boa e que "não passam tanta necessidades".
Já Luis, sem filhos, explica que o dinheiro é mais voltado para ele e que ele gosta de conhecer lugares novos.
O ritmo é escolhido de acordo com a tradição de cada país que passam. No caso do Brasil, Jefferson escolheu o funk. "Na Argentina era salsa, em outros lugares o reggaeton".
A dupla não sabe quanto tempo ainda fica em Campo Grande e para aonde vai depois daqui, mas afirma que a capital de Mato Grosso do Sul tem sido bem generosa. "As pessoas gostam bastante por não ser a mesma coisa. Gostam de ver uma coisa nova”.
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