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Comportamento

Horas de fila nas noites de sexta-feira são boa propaganda em Campo Grande?

Ângela Kempfer e Anny Malagolini | 06/08/2012 10:58
No Miça, mas de 130 pessoas esperavam na fila até a meia noite. (Fotos: Minamar Júnior)
No Miça, mas de 130 pessoas esperavam na fila até a meia noite. (Fotos: Minamar Júnior)

Pode ser qualquer estilo, do rock ao sertanejo, nas noites de sexta-feira quem quiser ir ao bar da moda vai enfrentar fila e em alguns casos a espera não tem qualquer lógica, reclamam os cansados mais irredutíveis frequentadores das casas noturnas da cidade. Quem decide ficar horas em pé, tem de estar fisicamente disposto e ter bom humor para enfrentar, inclusive, alguns barracos.

“Nem está tão cheio, deixam a fila ficar grande para parecer que está legal”, reclama Pedro João moura, 22 anos, técnico de informática, durante uma longa espera de 50 minutos no Miça, bar na avenida Afonso Pena.

Ele e os amigos Nicollas e Gustavo reclamam da fila “sem noção”, já que dentro do bar ainda há muito espaço de sobra. “Tem fila diferenciada”, indica sobre alguns privilegiados na lista VIP dos donos da balada.

A fila virou propaganda em Campo Grande. Mônica Garcia, 30, funcionária pública, diz que só parou no Miça porque viu a concorrência.” O movimento aqui na frente nos chamou a atenção, é o marketing das casas noturnas em Campo Grande. Vamos ficar aqui no máximo 20 minutos, se não entrarmos, atravesso a rua e vou no bar da frente”, garante.

A dica de Mônica não é nada politicamente correta: procurar algum amigo para furar a fila. “Ou então chegar depois da 1 da manhã. Já não tem ninguém”. Perto da meia-noite, a espera no bar tinha mais de 130 pessoas.

No caso do Miça, a concorrência era pelo pagode, a R$ 15,00. Mas a aglomeração na porta está, inclusive, na periferia, como no sertanejo do bar Santa Fé, na rua Brilhante.

Valley é recordista no tempo de espera.
Valley é recordista no tempo de espera.
Juliete encontrou amigos e furou a fila.
Juliete encontrou amigos e furou a fila.

Na cidade toda, ninguém bate o recorde da Valley Pub, da avenida Afonso Pena. Há sextas em que 2 horas da manhã é pouco para quem não arreda o pé na tentativa de entrar no bar da moda.

A estudante Juliete Blois, 22 anos, chegou tarde, mas conseguiu um amigo na fila para superar algumas posições no ranking de chegada. Problema de quem ficou para depois. “Isso sempre acontece, não tá certo”, gritava o coro de meninas revoltadas pela ultrapassagem de Juliete. “É comum isso acontecer, de ter alguém esperando você na fila”, justificava a estudante.

O que mais chama a atenção é que a revolta existe por vários motivos, mas ninguém desiste de frequentar o lugar. A maior parte das reclamações é sobre o tratamento diferenciado aos que compraram acesso aos camarotes. No local há duas filas, uma para clientes da pista e a outra é para os VIPs que pagaram mais caro, uma anda bem, a outra nem se mexe por horas.

“Tendo reserva tudo bem, mas o problema é que os conhecidos têm preferência na entrada e isso incomoda”, protesta Andrea Souza, 24. A estudante Lais Maluf, de 22, garante que é diferente da maioria e jura que nunca mais volta a enfrentar fila. “Eu vim aqui só pra conhecer, mas pela fila que estou enfrentando já adianto que não quero voltar. Só continuo porque já comprei os ingressos”.

A hostess da Valley, Eduarda Ribeiro, explicou que a demora ocorre porque a casa só tem espaço para 370 pessoas. Sobre adiferença entre as filas, ela garante que só tem prioridade que fez reservas, porque o número de lotação já inclui essas pessoas. “Quem não quer enfrentar as longas filas, tem que chegar cedo”, avisa.

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